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domingo, 31 de outubro de 2010

A minha primeira vez... Reestreia do Katana 100cc.

Finalmente o Daniel criou coragem e vôou o Katana 100cc. É bacana ver um aeromodelo desse porte voando. Principalmente para nós aeromodelistas que sabemos o quanto é difícil e cu$to$o montar um aero desses.
O Daniel andava meio ressabiado com seus Giant´s, afinal a sorte de principiante o havia abandonado e os pequenos infortúnios, quebra de hélice e pousos mau suscedidos, eram uma constante a cada vôo. Ontem a sorte parece ter voltado, pois o Sukoi 50cc, voou bem e o Katana 100cc foi uma maravilha.
A melhor parte ainda estava por vir. Estava mexendo no meu Edge 50cc para fazer o vôo inaugural, o meu primeiro vôo com ele, e me chamaram para experimentar o vôo do Katana, parei tudo e corrí lá. Esse tipo de coisa nos deixam sempre boas lembranças, coisas agradáveis que no nosso universo masculino ficam gravadas para sempre. Igual àquela propaganda do valisere, "O primeiro a gente nunca esquece!". Vou enumerar algumas primeiras vezes que nunca mais esquecí: Primeira vez que peguei o carro do meu Pai escondido. Primeira vez que pilotei uma moto, do meu amigo Marquinhos Nariz. Primeira vez que voei num avião de verdade, com o comandante Vilson. Primeira vez que consegui andar, sozinho, de bicicleta. Primeira vez que nadei sem me afogar. Primeira namorada, a Ana Cláudia. A primeira vez que fiz... hehehe. Primeiro porre, esse eu esquecí deu aminésia no outro dia. E por ai vai. A maioria são lembranças em tenra idade, onde os acontecimentos são mais marcantes, quando envelhecemos vamos dando menos valor nesses momentos significativos, achamos tudo muito banal. Mas, voar o Katana 100cc do Daniel foi mágico. Primeiro pela confiança e amizade. Depois, o valor e sentimento envolto em tudo isso. Afinal, aeromodelo a gente não empresta pra ninguém.
É claro que, não quis arriscar tamanho investimento de jeito nenhum. Porém, dei algumas penduradas no aero em vôo. O vídeo não mostra tudo, pois já pegou a parte final, mas deu pra ver o sentimento comum pelos comentários que fizeram. Afinal, a tremedeira é forte.
Ao Daniel fica aqui registrado o meu maior agradecimento, pois parceiro é parceiro. E ele tem sido um parceirão. Aliás, na nossa pista temos tido uma parceria muito bacana entre a turma do Giant.

Aprendendo...

Nós temos um excelente grupo de aeromodelistas em nossa associação e de uns meses prá cá estamos aprendendo, de verdade, à voar aeromodelos Giant. Não conseguimos nem configurar dereito os nossos aeros, pois todos tem uma tendência ou deficiência em vôo, mas vamos superando isso com muita boa vontade. Devagar estamos melhorando, tanto na configuração dos aeros, quanto no vôo.
Certamente o simulador ajuda bastante, mas a sorte de tentar executar uma manobra na primeira vez, conseguir fazê-la sem quebrar o aero e sem maiores sustos é importante.
Tenho treinado muito no simulador, pois não tenho como ir na pista no meio de semana e alguns dias dos finais de semana a coisa não funciona como esperado. Às vezes o tempo ou compromissos nos impedem de voar. Estou conseguindo evoluir, pois tenho pouco mais de cinco meses voando meu CAP, que pode não ser o melhor aero mas é o que possuo então... vai esse mesmo. Comprei um Edge, e fiz o vôo de estréia ontem. A pior descoberta é ter que reaprender tudo novamente pois cada aero é completamente diferente do outro. Como não vou ficar pulando de galho em galho, estou tentanto eleger meu favorito. No simulador o meu aero é o Yak, mas nunca pude voar um de verdade na pista. Confessei a minha pequena decepção com o Edge, errei no primeiro pouso e quebrei a hélice, para o Rodrigo e pedi para ele me deixar voar o seu Yak, como ele gosta muito do Edge, talvez possamos realizar uma troca. Mas, preciso voar o Yak e ver se não é muito diferente do que estou "acostumado" no simulador. Espero que seja próximo, pois o CAP é muito parecido.
O mais interessante do treino no simulador para o vôo real é a diferença da física e a imperfeição de nossos aeros. No simulador tudo funciona, o aero está soberbamente acertado e trimado. O motor no simulador sobra, na pista sempre falta. No simulador não tem vento, na pista além de ventar tem as rajadas. E, a pior parte, no simulador além de um erro ser custo zero, pois basta reiniciar o vôo, estou sozinho dentro de minha casa no maior silêncio e conforto, na pista tem a torcida que invariavelmente torce para o vento. Brincadeira.
Como disse antes o bom é, tentar a manobra, executá-la e não sofrer uma perda material na tentativa. Como nunca tinha voando aero à gasolina e muito menos feito alguma manobras mais arriscadas, sempre preferí fazer somente aquilo que sei, ou aquela manobra em que meu cérebro e dedos estejam bem coordenados. Primeiro, foi o torque. Nunca consegui girar o aero, mas ando tentando, mas pará-lo já é um vitória e fazê-lo bem próximo ao solo e melhor ainda. Tentei e consegui. Depois comecei a tentar o Harrier, o elevator é uma consequência pois facilita a entrada na primeira manobra. Ainda não tenho o completo domínio do aero, pois a adrenalina (medo e nervosísmo) atrapalha um pouco a coordenação motora. Mas, a cada execução vou conseguindo fechar mais o circulo e trazê-lo o mais próximo possível. Já notei que, no início, quando o aero parece não obedecer ao comando a gente tende a sentir um pequeno pavor e isso prejudica totalmente a manobra, por isso tenho feito tudo com muita segurança e evito ao máximo fazer, aliás não faço, quando alguém está na beira da pista ou voando. Se alguém tiver que sair prejudicado ou machucado com uma falha minha, espero que seja somente eu. Acidentes acontecem, por isso zelo muito pela segurança na hora de fazer alguma gracinha.
É difícil para o ego, não conseguir executar na pista tudo o que se consegue fazer no simulador, ouço algumas gracinhas sobre a dificuldade de se fazer na vida real aquilo que se simula. Porém, somente o uso do simulador me possibilitou fazer o mínimo que já consigo. E passar para a vida real o que faço no simulador é questão de tempo e treino. Porque, de treino e tempo? Explico, no simulador treino todos os dias 45 minutos. Não vôo 45 minutos todos os dias. Logo, na vida real vou precisar de mais tempo para conseguir fazer tudo o que faço no simulador. Acontece que, quanto mais treino no simulador, melhor fico. Ficando cada vez melhor, estou cada vez mais seguro para executar uma manobra arriscada na pista e assim vou fazendo mais e mais, cada vez melhor e com mais facilidade, uma linda bola de neve. Espero que essa teoria esteja correta, a prática tem demonstrado isso, pois não sou o melhor piloto da pista, porém tenho sido o mais arrojado e o que consegue colocar o aero mais próximo ao solo. O bom de tudo isso é que, meus amigos vendo isso sentem que é possível, pois todos sabem que nunca tinha tentado e que, não sou um grande piloto. Por isso é que sempre dou a maior força para que eles, com segurança, arrisquem um pouco mais. O Ernesto tem ido pelo caminho certo, espero que logo, logo, o Bruno e o Rodrigo também. O Rodrigo era em quem mais apostava minhas fixas, pois tem recursos e equipamento de ponta, mas ele tem pouco tempo para voar e menos ainda para treinar no simulador, sem dizer que não consegue controlar o medo de quebrar o aero, medo que só é possível quebrar com muito treino e segurança na manobra, que o simulador propicia. O Ernesto, pelo fato de já ter pilotado helicoptero e ter um vôo muito bonito em manobras clássicas, já provou que com um aero mais estável, o Extra dele não tem ajudado muito, vai conseguir fazer até melhor do que ando fazendo. Já o Bruno era o que mais arriscava nas manobras, porém a segurança era mínima, e esse risco cobrou seu preço, quebrou dois aeros em menos de dois meses. Um prejuízo que inibe o aprendizado, pois o tempo que se fica parado é difícil de recuperar, sem dizer que o custo é elevado monetariamente. Ele já conseguia fazer até mais do que faço e sempre fazia alguma coisa nova, isso me incentivava, pois ia tentando fazer também. Pena que agora ele vai ficar um tempo sem voar. Mas, vai continuar treinando no simulador, finalmente.
Havia me esquecido do Paulinho, esse me prometeu que vai chegar arrepiando com o novo aero dele, espero. Anda treinando com afinco no simulador, com certeza vai apresentar bons resultados, mas temos que aguardar a estréia.
Ontem fiz mais um Harrier na pista e o Rodrigo filmou. Não está bonito, mas está bem melhor que o primeiro. No final do vídeo tem o Daniel e seu Katana 100cc na reestreia, falo disso depois.

segunda-feira, 18 de outubro de 2010

Simular. Simular. Voar!

Sou adepto do simulador e maior incentivador para que os novatos no hobby, usem-no com afinco. Aprendi a voar no simulador antes de ir para a pista. Treinei 45 dias antes de colocar meu primeiro aero no ar.
O inicio sempre é difícil, pois a coordenação motora não obedece a ordem do cerebro e o aero não teima em não obedecer os comandos imprecisos. Mas, aparece ai maior beneficio do simulador, você pode cair e recomeçar novamente sem prejuízo financeiro, até que seus movimentos sejam coordenados e suaves para manter o aeromodelo voando.
Depois que aprendi à voar de verdade, abandonei um pouco o simulador. Pois, tudo o que queria em vôo já estava "dominado". Estava, sim mas para o meu vôo escala.
Um belo dia, comprei um aero 25% com um motor 50cc, um CAP 232G, e decidi aprender vôo 3D. Passei a treinar um pouco mais no simulador. Mas, queria mais e melhor. Então a opção era comprar um simulador original, já que imagina ficar mais próximo da realidade com um simulador novo. A opção em sí não é importante, o interessante é saber que, nunca havia feito manobras 3d e nunca tinha voado um aero à gasolina.
A primeira manobra eleita foi o Torque Roll, não sei citar todas as manobras, mas fui aprendendo devagar e treinando com afinco cada uma. Parafuso chato, parfuso de asa, harrier e etc. Acontece que, na hora de executar a pista a coisa muda de figura e como muda. A emoção toma conta e a tremedeira e o medo de cair falam muito alto, sem contar que uma queda pode acabar com o aero. E como meu orçamento para aermodelismo é curto igual a coice de porco, melhor não arriscar.
Acontece que o treino diário no simulador, 45 minutos todos os dias à sério e sem deixar o aero cair à toa, me deram uma certa segurança para executar alguma coisa ao vivo. A primeira foi segurar o aero no torque. Sem conseguir girar, mas já estava muito bom pelo menos para mim. No início muito alto, depois foi decendo, decendo e decendo, até chegar próximo o suficiente do solo para deixar os meus amigos surpresos.
Logo eu, que nunca havia feito nada mais do que ficar voando com o aero, pra lá e pra cá, já estava fazendo aquilo, então o simulador é bom mesmo. Ou, eu já nem estava pensando mais em mulher, na minha mulher é claro. Sim, os comentários maldosos pululam pela pista, basta não ligar. Depois o parafuso chato, junto com o maior susto pois o motor apagou. Logo, parafuso de asa. Uma tentativa de harrier e meu aero, quebrou o trem de pouso e meu maior trauma, pois qualquer quedinha boba num gasolina o prejuízo pode ser enorme. Ainda bem que, além do orgulho, apenas um hélice foi danificada.
Nisso passaram-se cinco meses, desde o início com o aero à gasolina e poucos vôos, não tantos como gostaria, mas bons vôos são mais importantes do que uma grande quantidade de vôos frustrantes. Domingo pela manhã estavamos na pista e fiquei tentando fazer um nova manobra, não me recordo o nome, mas a gente fica tentando girar o aero no eixo, dando leme, aileron e profundor, quase tudo junto. Eita coisinha difícil, mas logo sai. Daí, me deu um vontade de fazer um torque e o aero saiu num harrier, pensei: "Harrier, por que não! Vou tentar!" E não é que saiu, quase bem feito. Nessa hora ví o quanto valeram à pena o tempo investido na frente do simulador. Como testemunha vou anexar um vídeo, feito pelo meu amigo Daniel. Com certeza eu queria editar e tirar fora a última parte do vídeo. Porque? Oras, consigo fazer um harrier e peco na hora do pouso. Vocês vão entender depois de verem. Um abraço e vão por mim, quer fazer algo melhor? Treine. Quer fazer algo bem feito? Treine mais ainda. Quer fazer, algo melhor, bem feito e com segurança? Bem... treine demais. Só assim você consegue.

sexta-feira, 1 de outubro de 2010

Spektrum DX8 - Bug

Já comentaram que não simpatizo muito com a marca Spektrum. Certamente neguei, pois possuia um DX7 que é um excelente rádio, tirando os defeitos de projeto que podem ocorrer em todos os rádios desse modelo, a saber: Congela em vôo se você usar a bateria original e não colocar um capacitor. Trava o rádio se você deixar descarregar a bateria ou se ela desconectar com ele ligado, BACKUP ERROR. Ainda assim é um bom rádio, foi o primeiro a ser lançado mundialmente na frequência 2.4ghz, tem milhões de usuários ao redor do planeta e possui, o que muita gente chama de patrulha Spektrum, defensores ferrenhos entre seus usuários.

Porém a marca é ruím. E não preciso inventar nada para comprovar isso. Todos os rádios que a Spektrum fez são temerários, DX5 e DX6. Todos os receptores abaixo do AR7000 são problemáticos, sem contar em um grande número "falsificado" de receptores dessa marca existentes no mercado. Vale lembrar aqui que o genérico, o orange, é melhor que o original pois já vem com um capacitor embutido.

Ah, mas o DX7 é bom e ai? Pois é, esse DX7 é um legitimo JR, se não me engano 7202. Os outros, por serem legítimos Spektrum, são verdadeiros bastardos.

E quanto ao DX8, já apareceu o primeiro BUG. Veja o relato aqui no site do Bruce Simpson, http://www.rcmodelreviews.com/, que elogia a Spektrum UK por disponibilizar a correção muito rapidamente.

Porém, existe sim uma antipatia com a Spektrum e mais precisamente com a Horizon, dona da marca, pelo desrespeito demonstrado com relação às criticas recebidas no site do Bruce. Leiam a carta aberta, www.rcmodelreviews.com/about_spektrum.shtml, enviada à Horizon e as tentativas feitas por ele para obter uma resposta. E se acharem interessante, olhem a análise feita no DSM2, www.rcmodelreviews.com/dsm2flaw.shtml, que não é tão bom quanto parece. Deve ser por isso que muita gente teve problema com esses rádios no IRCHA 2010. Mas, a patrulha Spketrum vai dizer que, o motivo foi porque tinham muitos rádios da mesma marca em um único local. É, pode ser...E ai eu rolo de tanto rir.