Powered By Blogger

sábado, 11 de setembro de 2010

Quando a vontade fala mais alto.

Ninguém gosta de emprestar aeromodelo para que os outros voem. É certo que quem pega, quando oferecem, ou quando pede, sabe que a regra é clara, caiu pagou!

Não gosto de pilotar aeros de outras pessoas e gosto menos que pilotem os meus. Cada um ajeita o aero à sua maneira, configura o rádio a seu gosto e habilidade, sabe das tendências e manhas particulares. Por isso, prefiro não voar aeromodelos de amigos.

Mas, algumas vezes não podemos fugir dessa possibilidade. A primeira é por sermos mais experientes, temos obrigação de ajudar os mais novos nos primeiros vôos. É sempre bom, quando se estréia algum aero ter um piloto mais gabaritado, para um primeiro vôo. É claro que quanto mais responsável e capaz, esse piloto for, mais segurança teremos no vôo.

A muito passei da categoria de iniciante, para a de piloto mais experiente. Não pelo tempo de modelismo, pois sou dente de leite, mas pelo tempo de vôo em sí. Eu voei muito, vôo muito e ainda treino, bastante, no simulador. É claro que sou falível, porém minha maior virtude e não ser atirado, pois prefiro passar a bola para alguém mais fominha e ficar somente na observação.

Porém o 3D e os aeros à gasolina, me impeliram à experimentação, pois sempre achamos que o aero do vizinho é melhor. Com isso, sai na pista experimentando os aeros dos amigos e companheiros.

Hoje aconteceu algo engraçado, rejeitei duas ofertas e da mesma pessoa, o Rodrigo. Ele tem vários aeros e nenhum faria falta caso acontecesse algum acidente. Não que deixaria algum cair, mas tudo pode acontecer. Mas, a regra é a que mencionei antes, se aceitasse e algo de ruim acontecesse teria que arcar com os prejuízos, nada mais lógico.

Primeiro foi o Funtana, eu dando as dicas sobre aceleração e tentando corrigí-lo no torque, a oferta foi: "Quer experimentar? Pega!". Declinei e lhe disse que faria menos do que ele estava fazendo. Pena que não ouve muita insistência. Mas, depois do pouso pedi para não desligar o aero e pude mostrar, com ele segurando o aero nas mãos, o que estava tentando ensinar-lhe sobre aceleração, achei engraçado quando ele viu que o aero ficava quase parado sem que ele fizesse muito esforço, na vertical, enquanto eu segurava no motor. Depois falei para ele que a única forma de perder o vício de acelerar e desacelerar, demais, o motor, seria treinando no simulador. Espero que ele siga a minha recomendação.

A segunda negativa, foi com o Extra 260 100cc da Aeroworks. Uma pelo valor e a outra por causa da tendência aprensentada pelo aero. Quando o Rodrigo começava a subir o aero saia para a esquerda, tendência do torque do motor. Falei para ele corrigir isso que aceitaria, prontamente, a oferta de voar o aero.

Às vezes, devemos aprender a não nos precipitar em pegar o aeromodelo na primeira oferta. Pois, não teria como saborear o vôo sem saber o ponto ideal de aceleração, no caso do Funtana, e com a tendência de nariz, no Extra.

Tenho um Funtana comigo e nunca reformei-o, por não prestar atenção no tipo de vôo e na docilidade que o aero oferece nas manobras. Talvez, se tivesse ido com muita sede ao pote acharia que minha observação fosse errônea, mas pegando o aero de perto e vendo o qual leve e dócil para subir com pouco menos de meio motor, senti uma agradável sensação ser aquele um aero ideal para treinos de manobras mais ousadas no 3D.
Com certeza a próxima oferta não será desperdiçada. E tomara que seja no 100cc, que duvido muito.

Nenhum comentário:

Postar um comentário