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quinta-feira, 29 de julho de 2010

Estréia do Ultimate 100cc do Rafael

Ontem o Rafael fez o primeiro vôo com seu Ultimate 100cc. Equipamento novo é sempre uma preocupação na estréia. A gente monta com todo o cuidado e fica morrendo de medo no primeiro vôo de ter esquecido algo ou feito um serviço ruím, acontece com aeros pequenos imagina com um investimento na casa de R$ 6.000,00.


A montagem desse Ultimate foi feita na oficina do Daniel, que é o maior incentivador dos novos e velhos aeromodelistas, que tem aberto um espaço importante no seu local de trabalho para que façamos alguns serviços em nossos aeros, a montagem dos novos é apenas uma parte do que andamos fazendo por lá. É bom lembrar que, além do Daniel, o Vanderlei, Leonardo e Rafael, fizeram, cada um, a sua parte. O resultado foi um aero pronto para voar em menos de 10 dias.


Vamos às primeiras impressões. Um 100cc é algo imponente, pois o porte do aeromodelo intimida. Os custos são elevados e os cuidados devem ser redobrados. Com esse Ultimate não poderia ser diferente. O Kit é um TWM 34%, adquirido na Hobby Delivery, motor um DLE 111, Servos Blue Bird alto torque, Rádio um Futaba 7C Fasst (o Rafael vai comprar um 10C, logo, logo), mesa Smart Fly e reguladores da mesma marca, Bomba de Fumaça Sulivan e Lipos, muitas Lipos.


Chegou a hora do vôo e sempre tem um detalhe esquecido, as baterias estavam soltas dentro do aero, foi ficando para depois e quase que se esquecem de fixá-las. Por sorte o Daniel lembrou na hora que fui fixar os parafusos na fuselagem.

Teste de distância, ok. Partida... partida... partida... demorou um pouquinho, mas ok! Comandos, ok! Aceleração, vixi que força, ok! Conselhos para primeiro vôo, ok!

O Daniel dando as últimas recomendações para o Rafael: "Olha, taxia e verifica se está tudo certo. Ai decola!" O Rafael deve ter pensado, "Que nada, vou e mandar esse bixo logo pra cima!" E foi o que ele fez, acelerou e decolou logo.




Perfeito, se bem que isso não existe, mas deve ter precisado de dois piques nas trimagens para ficar voando liso. Bomba de fumaça funcionando, avião voando sossegado e em terra a euforia e o nervosísmo já estava quase dominada. Quase, pois o Daniel, ficava com um olho no gato e outro no peixe, cuidando do tempo de vôo e parecia mais nervoso que o piloto.

Primeiro pouso, olhamos o aero e checamos superficialmente as fixações, tudo ok. Mas, um monokote da asa já estava soltando, esses kits TWM tem que se tomar um cuidado muito grande com isso. É preciso caprichar no ferrinho de entelar em cada detalhe, senão descola tudo.

Segundo vôo, e tudo correndo bem. Mas, o monokote solto deu ar da graça, bastava acelerar que o barulho era assustador. Teste de comandos e o aero se comportou muito bem. Segundo pouso tranquilo e vamos ver como estamos.

O monokote havia soltado ainda mais e a bequilha perdeu dois parafusos. 7 minutos de vôo e meio tanque de consumo, para um 100cc muito bom. Meu TGY 50cc consome em média 400cc à cada 10 minutos.

O aero é muito bonito e voa muito bem. Só que, para montar e desmontar na pista, nem pensar. O Rafael está optando por deixá-lo montado, devido a sua montagem e desmontagem ser muito complicada.

Ainda faltam duas estréias nos 100cc, Ernesto e Regis. Não devem demorar muito, pois agora temos 3 100cc em atividade, o Katana do Daniel, o Extra 260 do Rodrigo e o Ultimate 100cc do Rafael. E logo, os dois vão querer voar os seus.

domingo, 25 de julho de 2010

A vítima.

A pouco tempo surgiu na nossa pista uma epidêmia de aeros 3D à gasolina. Com essa epidêmia, surgiu uma nescessidade de aprendermos manobras diferentes. Coisas que para alguns podem ser simples, para quem nunca fez é a maior dificuldade. Torque roll, Harrier, Elevator, Blender e por ai vai, são várias manobras e cada uma com um grau de dificuldade que iníbe muito iniciante. Mas, a prática faz com que você crie confiança e com isso aumente os riscos.

Bem, na verdade começamos em um pequeno grupo, 4 amigos, a tentar realizar algumas manobras com certa perfeição. A primeira seria o torque roll, inclusive com a brincadeira de que o primeiro à conseguir passar o leme o mais próximo da grama ganharia um prêmio. Não que a aposta fosse importante, tanto que não entrei na brincadeira, mas aceitei o objetivo de realizar a manobra, logo eu que só vôo escala.

Bem, no simulador, sou um exímio piloto nessa manobra. Tenho uma certa vantagem sobre meus amigos, mas simulador é algo completamente diferente da adrenalina ao vivo. Primeiro, no simulador uma queda não custa nada, basta reiniciar e voar novamente. Voando um aero de verdade, qualquer tombinho besta pode ser um grande prejuízo.

Como elegemos o torque roll e não faz um mês que comecei a voar meu Giant, um CAP 232g 25% com motor 50cc, já comecei mostrando para o pessoal que a minha performance era muito consistente, pelo menos nessa manobra, e como sabiam do meu treinamento, alguns partiram para o simulador para me alcançar. Vamos aos meus amigos, que estão aprendendo junto comigo a executar o torque roll.

O Rodrigo, melhorou bastante pois já vinha treinando e voando Giant a pelo menos um ano. Claro, nunca conseguiu parar o aero no torque e, muito menos, ter segurança na manobra. Mas, já ví melhoras. Segundo ele treina pouco no simulador porque não tem "saco".

Ernesto, reclamava que nem no simulador conseguia parar um aero direito e com o treino já mostra sinais de consistência, inclusive fazendo um giro completo e não dando grandes sustos nas saídas. Só que ele vinha enfrentando com seu aero o problema de ter um Glow com motor à gasolina, pouco peso na cauda e o aero fica muito arisco por ter um peso de nariz muito grande para o seu tamanho. Pelo visto hoje conseguiu um grande sucesso com um pouco de peso na parte de trás do aero. Outra coisa é ter um melhor equilibrio nas reacelerações. A manobra está ficando boa.

E por último o Bruno. Que me disse não treinar no simulador à muito tempo, mas voa muito bem. Acontece que ele é o mais atirado para arriscar manobras diferentes e logo achei alí um bom termômetro para o meu nível na manobra. Pois, se tinha alguém que poderia puxar o nível da brincadeira para cima, ou para o mais próximo do solo possível, esse seria o Bruno.

Mas, o Bruno se tornou a vítima da própria vontade de aprender e fazer melhor à cada tentativa. Muita gente diz que, para aprender o torque roll tem dois caminhos, muito alto ou muito baixo, no meio termo é muito mais perigoso, pois não há margem para erro e se acontecer o aero só ganha velocidade para fazer um estrago maior. Estando muito alto há tempo para recuperar e muito baixo o tombo pode ser menor.

Para conseguirmos fazer uma manobra muito baixo, infelizmente passamos pela meia altura. E se o erro acontecer ai pode nos custar o aero. E foi isso que aconteceu com o Bruno.

Surpreendentemente a maior dificuldade do torque não é a manobra em sí, mas na superação do medo de cair. É preciso saber recuperar o aero de uma queda perdendo o mínimo de altitude possível. Quando o aero tombar o nariz para o lado, qualquer lado, recomenda-se dar potência e tentar sair com a menor perda possível de altitude. É nescessário muita prática para sair do sufoco e escolher a melhor posição para movermos os sticks e fazer a recuperação. Muita gente quando tem um problema com o aero em alguma manobra tem a tendência de baixar a aceleração, principalmente quando o aero entra no dorso e começa a descer. O que é muito fácil de ocorrer no torque, pois muitas vezes cabramos demais o profundor e o aero pode cair de costas na manobra. É preciso picar tudo e dar motor e foi ai que o meu amigo errou.

Ele nem estava fazendo o torque, estava já tentando o harrier quando deu muito motor e entrou no torque e logo na sequência o aero tombou no dorso. Quando ele cortou o motor comentei com o Ernesto que estava ao meu lado, "Ele tirou o motor, está errado. Não vai dar tempo de sair!". Foi uma lenha clássica, aero caíndo estolado e o piloto batendo asa tentando recuperar. Faltou um pouco de sangue frio, para sair sem maiores danos ou, que fossem o mínimo possível. Porém, o prejuízo foi de total destruição do aero.

Bem, só quebra aero quem voa. E quebra mais quem tenta fazer manobras arriscadas e que ainda estão na fase do aprendizado. O Bruno, sempre arriscou mais e, tenho certeza, gostaria de fazer uma manobra com maior grau de dificuldade. Errou e pagou o preço, meio caro pois vai ter que comprar um aero novo e algumas peças que quebraram no, bem..., pouso.

quarta-feira, 21 de julho de 2010

Estréias.

A alguns dias tivemos a estréia de dois aeros 35% na nossa pista. São os primeiros aeros nessa classe de nossa pista, pois até o momento só tinhamos 27% como os maiores aeros da pista. Com a baixa do dolar e a facilidade para adiquirir equipamentos provenientes da China, ouve uma verdadeira revolução no tamanho dos aeromodelos. Muita gente resolveu investir em aeros Giant 35%, mais caros e maiores. Alguns compraram novos rádios só para a estréia dessas preciosidades. Bem, para muitos os investimentos se tornam proibitívos, algo em torno de seis mil reais. Acontece que, esses valores são 1/3 dos valores investidos à menos de 4 anos em aeromodelos desse porte. Com isto vimos a aquisição de 5 aviões, Funtana 36% TWM, Extra 260 Aeroworks, Ultimate 34% TWM e Velox 34% TWM e mais um Extra 260. Todos novos, 100cc e com equipamentos também novos.

Como temos nos reunído na oficina do Daniel, alguns aeros tiveram as montagens acompanhadas de perto por todos os aeromodelístas que frequentam o local. Tiramos fotos e aprendemos muito nesses dias. Ali foi montado o Funtana do Daniel e está sendo montado o Ultimate do Rafael. O Extra 260 do Rodrigo, foi montado por ele em sua casa, sozinho o que é de se adimirar. O Velox, do Régis está na casa dele, ainda na caixa e deve demorar um pouco, pois o caixinha resolveu reformar um Piper J3 Giant de 3,6 metros de envergadura, que vai dar um belo trabalho. E, por último, o Extra do Ernesto, esse não tem pressa nenhuma na montagem pois vem desfrutando de um 25%.

Voar qualquer aero novo é motivo de preocupação e adrenalina, o que dá uma bela tremedeira no piloto. Imagine estréiar um 100cc? É preciso estar com gente experiente à sua volta, para garantir que o pouso seja feito com sucesso, afinal lenhar um aero desses nem pensar!

Os primeiros a aparecem na pista para o vôo inaugural foram o Funtana e o Extra, Daniel e Rodrigo. No início achei que o Rodrigo não voaria, pois ele me confessou que estava tremendo só de pensar na possibilidade do vôo. Já o Daniel, sempre destemido, queria colocar o aero no ar o mais rápido possível. Mesmo assim, fez um vôo com um aero menor para baixar um pouco a adrenalina da estréia.

A montagem foi feita com o auxilio do seu irmão, Vanderlei, e com os olhares atentos de todos na pista. É claro que numa ocasião dessas todos querem estar presente e compartilhar da alegria do primeiro vôo. E lá estavam Bruno, Leonardo, Rafael, Marcelo Bigulin (Equipe de Aeromodelismo de Primavera), Artur, Silvio, Junior, Paulinho, Norman, Chico e Eu.

Depois de montados os aeros na pista, foram feitos as checagens e ajustes de última hora. O primeiro funcionamento, seguido de um check list e vamos voar.

O primeiro vôo não podeira deixar de ser do Daniel, que saiu com o acelerador à pleno e levantou o Funtana, já ligando na sequência a bomba de fumaça. O Gaucho se saiu muito bem para uma estréia, que apesar da tremedeira parecia ser tranquila. Vários loops e tuneal´s, nada mais que um bom vôo de, longos, 10 minutos. O primeiro pouso ficou à cargo do Marcelo Bigulin, que bem mais experiente trouxe o aero ao solo sem maiores problemas. A comemoração foi geral e todos parabenizamos o Daniel pelo sucesso.

Na sequência o Rodrigo foi instigado pelo Daniel a fazer o seu vôo de estréia com o Extra 260. Como ele viu o Daniel voando, ficou bem mais aliviado e tranquilo pois o vôo não tem muita coisa de diferente dos outros aeros, a não ser o tamanho e os custos. Levantou o aero e fez um vôo com um pouco mais de trabalho que o Daniel, pois seu aero, de forma estranha, requereu uma mais atenção na trimagem, nada assustador, mas que deixa o vôo mais tenso. Da mesma que o vôo anterior o pouso ficou nas mãos experientes do Marcelo.

Sucesso total na estréia mais importante desse ano em nossa pista, pois não tinhamos na cidade algum aeromodelista que tivesse coragem de comprar e voar aeros desse porte. Quem começou com essa idéia foi o Ernesto, que comprou um aero 36% e começou a montar. Depois o Rodrigo, ganhou de presente da esposa, acreditem se quiser, e foi comprando as peças para montar devagar e sem pressa, igual o Ernesto. Depois veio o louco do Daniel, que comprou tudo de uma vez e ficou somente na pendência do Aero, comprado na HobbyDelivery. No impulso surgiram o Régis e o Rafael, esse último já está com Ultimate quase pronto e deve estrear no próximo final de semana, já o Régis deve demorar bastante.

Agora o desafio é fazer o torque mais próximo do solo, páreo duro para o Ernesto, Bruno e Eu, pois ainda estamos aprendendo a dominar os aeros à gasolina.

sábado, 17 de julho de 2010

Caixinha de R1.



Pois é o Regis, Caixa preta, aparece na pista com sua R1. Coisa mais linda, apesar de achá-la pouco potente. É divertida sem dúvida, pois proporcina muita diversão ao seu proprietário. Apesar de sua baixa estatura o Caixinha gosta de motos super esportivas, acho que com essa não vai ter problema. Apesar do frio vimos o Regis pilotando sua moto. Muita gente pode querer duvidar que o Regis tenha uma R1, por isso tirei fotos e as coloco aqui.

Quebra hélice. A briga acirrada pelo troféu.

A liderança nesse quesito era, folgadamente, do Leonardo. Que além de quebrar hélices de madeira, quebrava também o avião, meu CAP é fruto de um acidente. Depois veio o Daniel, que surpreendentemente não havia quebrado muitas hélices com seu sukhoi 50cc na fase de aprendizado, se não me engano foi somente uma. Mas, depois que aprendeu a voar sozinho teve que comprar hélices de caixa. É uma atrás da outra, todo vôo quebra uma, principalmente depois de ter sofrido uma quebra de hélice e continuado à voar, ou tentar. Nesse dia foi terrível, pois alám da hélice, quase que vai o aero inteiro, principalmente por causa da vibração.


Mas, hoje teve um terceiro candidato ao título de quebra hélice. Ernesto. Apesar de que, não é o forte dele. Seu ponto forte é a perda de peças dos aeros em vôo, nisso é insuperável. Porém faço o registro da quebra de hélice hoje, pois pode se tornar rotina.

Frio... Muito frio...




Não adianta, quando faz frio a turma não anima em voar. Mas, comparece na pista para não perder o ritmo. Eu fui sem aero porque meu CAP 232 27% 50cc deu problema no carburador e não funcionava direito. Foi bom, pois o vento lateral e, como sempre, cheio de turbulência fez os vôos com aeros maiores algo meio complicado.



O interessante foi ver que os mais fominhas estavam todos lá. Daniel, Leonardo, Silvio, Sidnei, Junior, Chico, Bruno, Rafael, Luiz e Eu. Desses, dificilmente algum falha. Voar mesmo, somente o Sidnei de coyote, Daniel também de coyote, Ernesto de Extra 25% e o Bruno dando instrução para o Gauchinho e Macarrão.
O importante, mesmo que não se voe, é passar horas agradáveis com os amigos. Acontece que hoje o único lugar agradável era sentado no bagageiro da Pajero do Silvio, pelo menos ali a gente ficava protegido do vento.

terça-feira, 13 de julho de 2010

Um dia difícil.

Tem gente que enxerga somente o lado bom das coisas, outros enxergam somente o pior dos lados. Muitos quando me vêem colocando as coisas no carro, pensam logo: "Folgado, gastando dinheiro à toa com aviãozinho!". Bem, primeiro não é aviãzinho e muito menos brinquedo. É aeromodelo, arte e ciência. Podia ser esporte, mas nessa zona chamada Brasil pouca coisa anda sendo feita para que o aeromodelismo se torne esporte de verdade.


Outros acham que minhas tardes na pista só servem para meu lazer egoísta. Pois é, tem dias que todo o tempo de pista vira trabalho. Aero dá problema, não pega e quebra. Sim, às vezes quebra e quando isso acontece, melhor que seja no solo e não ao solo.


Bem, tem aqueles dias difíceis de estreia, de um vôo tenso por ser um aero desconhecido ou novo. Passei por isso na estreia do meu CAP 232 27% e foi da pior forma possível, pois teimei em voá-lo com um vento forte. Vou tentar narrar o sufoco.


Montei o aero decidido à voar e achava que o vento seria algo legal para um aero grande. Pois o tamanho deveria me ajudar nas manobras e no pouso. Não conhecer direito o equipamento é algo temerário em determinadas situações e nesse dia cometí um grave erro de julgamento sobre a força do vento. Quanto dei partida no aero o Bruno, um amigo, me falou: "Vai voar com esse vento?". Pois é, vou e fui. Quando decolei o vento que já estava forte, resolveu acelerar comigo, ficou mais forte. Após uns 5 minutos de vôo o Bruno, que de bobo não tem nada, chegou e me pediu para começar a tentar pousar, pois não sabiamos como o motor estava consumindo e era melhor não arriscar pousar de última hora. Bem, pelo menos nessa hora o juízo falou mais alto. Só que, já tinha me arrependido de ter decolado e, a partir desse momemento, me arrependeria mais ainda. Tentei a primeira vez e o vento não deixava baixar o aero, para complicar era um vento com muito turbulência, aqui dificilmente venta constante. Passada a quarta tentativa, comecei a pensar: "Pôxa vida, onde fui me meter! Eu tinha que decolar!" Tremer era algo normal nessa hora, mas pensei em não me entregar e nunca passar o rádio para alguém pousar para mim. Era a terceira vez que voava o CAP e não queria quebrar ele tão cedo, porém a coisa estava caminhando para o pior. Ainda bem que, o pessoal da pista apareceu para ajudar. É certo que no meu nervosismo não conseguia por em pratica tudo o que a gente aprende com o tempo e ouve nessas horas. Mas, meu treino no simulador e as horas de vôo e treino começavam à valer alguma coisa. Resolvi tentar novamente e pensando em arremeter se não desse, nada de arriscar uma quebra. Foi nesse momento que consegui me tranquilizar, pois descobri ali que o aero obedecia, e bem, ao comando do acelerador.

Consegui pousar na oitava tentativa, arrastei um pouco a ponta da asa, mas deu tudo certo. Consegui! É isso que importava nessa hora. Descobri que uma picada no stick resolve muita coisa e que o CAP é complicado em pré-stoll. Mas, depois de alguns vôos ele estaria dominado.
Certamente que aprendí duas coisas simples. Sem o devido domínio do aero, no caso um 50cc, jamais arriscar voar em condições climáticas adversas. E, não se entregar à adversidade, pois ela pode nos ensinar bastante e não bancar o heroi quando a coisa está complicada. Não dá para pousar, arremeta e tente novamente! Não é vergonha. Melhor um covarde vivo do que um heroi morto.

Lembra do Chico?




Pois é, depois da internação e tratamento com brinquedos terapêuticos, o Chico já começa a ter contatos com aeromodelos de verdade. É claro que não está completamente liberado, os contatos são monitorados e o máximo que podemos permitir é um taxiamento com treinadores. Vai que o paciente tem uma recaída e resolve quebrar mais um, que seja algo barato.



O importante é que ele tem reagido bem ao tratamento e já consegue conviver com o pessoal da pista e não tem passado mal no meio de tanto aero.

Um dia em que, quase, nada dá certo!

Sabe aqueles dias em que tudo de errado parece acontecer no mesmo lugar? Quando isso acontece numa pista de aeromodelismo é coisa muito séria, melhor nem tirar a câmera digital do carro para documentar os fatos, pois alguém pode se exaltar. Aconteceu no domingo passado.


Como sempre, sou um dos primeiros à chegar no local de vôo e já fui descendo o equipamento e montando. Tinha feito uma checagem completa do aero em casa. Montei o aero e coloquei para carregar as baterias, abasteci e deixei tudo pronto para voar. Fiquei batendo papo e ajudando os atrasados.


Enquanto isso, o Sidnei já mandou um coyote para os céus. Um pouco de vento, mas nada que preocupasse o meu amigo, que voa até findar o combustível e pousa com certa maestria. Pelo menos tinha sido assim no sábado. Mas, hoje é domingo e tudo pode acontecer.


E não é que aconteceu?


De repente vejo o aero do Sidnei levantando poeira no meio do capim, caiu. Bem, caiu devagar num pouso mal suscedido, após acabar o combustível e sem combustível aeromodelo plana ou cai. Esse caiu. Resultado? Profundor arrancado.


Mal o Sidney chegou no barracão o Daniel já estava com outro coyote na pista. Pode até ser coisa de coyote, coincidência ou armação, mas o dele apagou e fez um pouso ainda pior. Passei a minha senha, virtual, para a próxima vítima.


O Bruno, pegou seu Extra 27% e foi voar. Coisa linda de ver voando. De faca, de dorso, parafuso chato, tuneal, parafuso chato, de novo, e torque. Quase tudo que se tem direito. Primeiro pouso, uma belezura. Pensei, pronto acabou a maré de quedas e foi por causa de dois manicacas. Foi só pensar e o Bruno se estatelou no solo no segundo pouso. Arrancou o trem de pouso e o aero estacionou de barriga na pista. Tudo bem que, o trem, arrancou por obra do acaso, que se chama desgastepelotempodeuso, tudo emendado mesmo.


Como tinha pego a próxima senha de entrada, virtual pois não temos esse controle, passei-a adiante.


Chegou o Luiz, com seu coyote. É, sei o que estão pensando, todo mundo tem um coyote nessa pista? Quase todo mundo, quem não tem coyote tem albatroz. Fominha, o Luiz, cortou fila. Levantou vôo e o motor apagou, ou aparentou ter apagado. Ele trouxe o aero para pouso e notou que o motor estava ligado, arremeteu, e meteu o aero em uma árvore. Maior estrago do dia, até agora, asa e mais algumas outras coisinhas quebradas.


E eu ali, olhando e pensando: "O que é que eu faço? Me acovardo e recolho tudo? Vou voar e...arrisco cair, bem nem pensar!". Porém, fiquei inerte e só reparando nos outros. Como tem gente que não se intimida com acidentes em sequência, vai aparecer mais um pra voar.


Apareceu, e a vítima é o Lernardo e seu Edge 540T 27%. Vitima? Já, antes de decolar? Sim, antes de decolar uma rodinha travou o aero picou e quase vai a hélice pro solo, o famoso "lambe pixe". Escapou por pouco, mas como bom mineiro, soltou o redondo. Melhor, a rodinha. Reparei nessa hora que, a pane e o pânico, caminham de mãos dadas. O cara nem curte mais o vôo. O Leonardo, decolou e quando viu que o aero estava sem a rodinha só pensou em pousar. Pousou, estragou a polaina e só, pouca coisa para muito susto.


Nessa hora sai da fila. Sei que alguém vai ocupar minha vaga. E foi rápido. O Elton chegou com um albatroz e pista. Decolou, voou e pousou, com rádio FM, motorzinho Fx, coisa antiga mesmo. Daqueles que pedem para cair, mas não caiu. Não deu susto e, aparentemente, tudo funcionando. Me animei e entrei na fila. O Elton nem pousou e já mandei meu CAP232 27% pra cima. Tudo tranquilo e depois que pousei pensei novamente: "Bem, esse negócio de acidente em sequência é bobagem. Eu e o Elton voamos e tudo funcinou perfeitamente". Devia ter esperado mais, pois algumas coisas aconteceram com nós dois logo depois. Mas, teve gente que sofreu antes.


O Macarrão, Junior da Aerocar, trouxe o aero para ter uma aula com o Bruno. Trimaram os rádios, testaram e foram pra pista. Não é de ver que o aero nem saiu direito e já caiu na pista? Coisa mais esquisita, simplesmente cabrou e picou. Caiu na pista e quebrou o montante do motor. O Bruno diz que foi na decolagem, eu acredito hehehe.


E não parou por ai. Tinha uns cara que trouxeram um helicoptero, daqueles xing ling, e estavam testando o vôo. Caiu e caiu feio, esse quebrou tudo. Logo depois, o Silvio foi pegar o albatroz dele para dar um vôo, pois o vento tinha acalmado de vez. Acontece que, pois é parecia que nada daria certo naquele dia mesmo, o fio do BEC tinha se rompido. Sim, no solo e parado.


Lembra que mencionei sobre o meu vôo com o CAP232, que fora bem sucedido, juntamente com o do Elton? Pois é, o Elton ficou brigando com uma agulha quebrada no carburador, para não passar batido. Eu, resolvi voar novamente e chequei tudo no aero antes da partida. Fui pra pista e o aero já saiu fazendo curva para a esquerda, corrigia e ele virava, corrigia e ele virava. Tive que vir para pouso, não consegui, pois tinha sincronismo entre a virada e uma pequena acelerada no motor. Dei uma volta à mais e gritei para o pessoal que estava ao meu lado na pista, "Pouso! Aero está sem controle!". Deu um trabalhão pousar sem lenhar. Mas, pousei. Parei o aero e o danado parecia acometido do mal de parkinson, de tanto que tremia. Desliguei tudo, esse foi meu erro, e nada mais ligou no receptor. Vou ter que tentar bindar novamente e ver se volta à funcionar. Ainda não culpei o rádio pois não fiz um teste. Mas, adiantando é um spektrum DX7. O que? Está achando que estou culpando o rádio? Bobagem.
No final do dia contamos 11 problemas em aeros diversos. Muitos com FM e outro tanto com 2.4ghz. Mas, quase ninguém ficou ileso naquele dia em que, quase nada deu certo na nossa pista.