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terça-feira, 13 de julho de 2010

Um dia em que, quase, nada dá certo!

Sabe aqueles dias em que tudo de errado parece acontecer no mesmo lugar? Quando isso acontece numa pista de aeromodelismo é coisa muito séria, melhor nem tirar a câmera digital do carro para documentar os fatos, pois alguém pode se exaltar. Aconteceu no domingo passado.


Como sempre, sou um dos primeiros à chegar no local de vôo e já fui descendo o equipamento e montando. Tinha feito uma checagem completa do aero em casa. Montei o aero e coloquei para carregar as baterias, abasteci e deixei tudo pronto para voar. Fiquei batendo papo e ajudando os atrasados.


Enquanto isso, o Sidnei já mandou um coyote para os céus. Um pouco de vento, mas nada que preocupasse o meu amigo, que voa até findar o combustível e pousa com certa maestria. Pelo menos tinha sido assim no sábado. Mas, hoje é domingo e tudo pode acontecer.


E não é que aconteceu?


De repente vejo o aero do Sidnei levantando poeira no meio do capim, caiu. Bem, caiu devagar num pouso mal suscedido, após acabar o combustível e sem combustível aeromodelo plana ou cai. Esse caiu. Resultado? Profundor arrancado.


Mal o Sidney chegou no barracão o Daniel já estava com outro coyote na pista. Pode até ser coisa de coyote, coincidência ou armação, mas o dele apagou e fez um pouso ainda pior. Passei a minha senha, virtual, para a próxima vítima.


O Bruno, pegou seu Extra 27% e foi voar. Coisa linda de ver voando. De faca, de dorso, parafuso chato, tuneal, parafuso chato, de novo, e torque. Quase tudo que se tem direito. Primeiro pouso, uma belezura. Pensei, pronto acabou a maré de quedas e foi por causa de dois manicacas. Foi só pensar e o Bruno se estatelou no solo no segundo pouso. Arrancou o trem de pouso e o aero estacionou de barriga na pista. Tudo bem que, o trem, arrancou por obra do acaso, que se chama desgastepelotempodeuso, tudo emendado mesmo.


Como tinha pego a próxima senha de entrada, virtual pois não temos esse controle, passei-a adiante.


Chegou o Luiz, com seu coyote. É, sei o que estão pensando, todo mundo tem um coyote nessa pista? Quase todo mundo, quem não tem coyote tem albatroz. Fominha, o Luiz, cortou fila. Levantou vôo e o motor apagou, ou aparentou ter apagado. Ele trouxe o aero para pouso e notou que o motor estava ligado, arremeteu, e meteu o aero em uma árvore. Maior estrago do dia, até agora, asa e mais algumas outras coisinhas quebradas.


E eu ali, olhando e pensando: "O que é que eu faço? Me acovardo e recolho tudo? Vou voar e...arrisco cair, bem nem pensar!". Porém, fiquei inerte e só reparando nos outros. Como tem gente que não se intimida com acidentes em sequência, vai aparecer mais um pra voar.


Apareceu, e a vítima é o Lernardo e seu Edge 540T 27%. Vitima? Já, antes de decolar? Sim, antes de decolar uma rodinha travou o aero picou e quase vai a hélice pro solo, o famoso "lambe pixe". Escapou por pouco, mas como bom mineiro, soltou o redondo. Melhor, a rodinha. Reparei nessa hora que, a pane e o pânico, caminham de mãos dadas. O cara nem curte mais o vôo. O Leonardo, decolou e quando viu que o aero estava sem a rodinha só pensou em pousar. Pousou, estragou a polaina e só, pouca coisa para muito susto.


Nessa hora sai da fila. Sei que alguém vai ocupar minha vaga. E foi rápido. O Elton chegou com um albatroz e pista. Decolou, voou e pousou, com rádio FM, motorzinho Fx, coisa antiga mesmo. Daqueles que pedem para cair, mas não caiu. Não deu susto e, aparentemente, tudo funcionando. Me animei e entrei na fila. O Elton nem pousou e já mandei meu CAP232 27% pra cima. Tudo tranquilo e depois que pousei pensei novamente: "Bem, esse negócio de acidente em sequência é bobagem. Eu e o Elton voamos e tudo funcinou perfeitamente". Devia ter esperado mais, pois algumas coisas aconteceram com nós dois logo depois. Mas, teve gente que sofreu antes.


O Macarrão, Junior da Aerocar, trouxe o aero para ter uma aula com o Bruno. Trimaram os rádios, testaram e foram pra pista. Não é de ver que o aero nem saiu direito e já caiu na pista? Coisa mais esquisita, simplesmente cabrou e picou. Caiu na pista e quebrou o montante do motor. O Bruno diz que foi na decolagem, eu acredito hehehe.


E não parou por ai. Tinha uns cara que trouxeram um helicoptero, daqueles xing ling, e estavam testando o vôo. Caiu e caiu feio, esse quebrou tudo. Logo depois, o Silvio foi pegar o albatroz dele para dar um vôo, pois o vento tinha acalmado de vez. Acontece que, pois é parecia que nada daria certo naquele dia mesmo, o fio do BEC tinha se rompido. Sim, no solo e parado.


Lembra que mencionei sobre o meu vôo com o CAP232, que fora bem sucedido, juntamente com o do Elton? Pois é, o Elton ficou brigando com uma agulha quebrada no carburador, para não passar batido. Eu, resolvi voar novamente e chequei tudo no aero antes da partida. Fui pra pista e o aero já saiu fazendo curva para a esquerda, corrigia e ele virava, corrigia e ele virava. Tive que vir para pouso, não consegui, pois tinha sincronismo entre a virada e uma pequena acelerada no motor. Dei uma volta à mais e gritei para o pessoal que estava ao meu lado na pista, "Pouso! Aero está sem controle!". Deu um trabalhão pousar sem lenhar. Mas, pousei. Parei o aero e o danado parecia acometido do mal de parkinson, de tanto que tremia. Desliguei tudo, esse foi meu erro, e nada mais ligou no receptor. Vou ter que tentar bindar novamente e ver se volta à funcionar. Ainda não culpei o rádio pois não fiz um teste. Mas, adiantando é um spektrum DX7. O que? Está achando que estou culpando o rádio? Bobagem.
No final do dia contamos 11 problemas em aeros diversos. Muitos com FM e outro tanto com 2.4ghz. Mas, quase ninguém ficou ileso naquele dia em que, quase nada deu certo na nossa pista.

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