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domingo, 31 de outubro de 2010

A minha primeira vez... Reestreia do Katana 100cc.

Finalmente o Daniel criou coragem e vôou o Katana 100cc. É bacana ver um aeromodelo desse porte voando. Principalmente para nós aeromodelistas que sabemos o quanto é difícil e cu$to$o montar um aero desses.
O Daniel andava meio ressabiado com seus Giant´s, afinal a sorte de principiante o havia abandonado e os pequenos infortúnios, quebra de hélice e pousos mau suscedidos, eram uma constante a cada vôo. Ontem a sorte parece ter voltado, pois o Sukoi 50cc, voou bem e o Katana 100cc foi uma maravilha.
A melhor parte ainda estava por vir. Estava mexendo no meu Edge 50cc para fazer o vôo inaugural, o meu primeiro vôo com ele, e me chamaram para experimentar o vôo do Katana, parei tudo e corrí lá. Esse tipo de coisa nos deixam sempre boas lembranças, coisas agradáveis que no nosso universo masculino ficam gravadas para sempre. Igual àquela propaganda do valisere, "O primeiro a gente nunca esquece!". Vou enumerar algumas primeiras vezes que nunca mais esquecí: Primeira vez que peguei o carro do meu Pai escondido. Primeira vez que pilotei uma moto, do meu amigo Marquinhos Nariz. Primeira vez que voei num avião de verdade, com o comandante Vilson. Primeira vez que consegui andar, sozinho, de bicicleta. Primeira vez que nadei sem me afogar. Primeira namorada, a Ana Cláudia. A primeira vez que fiz... hehehe. Primeiro porre, esse eu esquecí deu aminésia no outro dia. E por ai vai. A maioria são lembranças em tenra idade, onde os acontecimentos são mais marcantes, quando envelhecemos vamos dando menos valor nesses momentos significativos, achamos tudo muito banal. Mas, voar o Katana 100cc do Daniel foi mágico. Primeiro pela confiança e amizade. Depois, o valor e sentimento envolto em tudo isso. Afinal, aeromodelo a gente não empresta pra ninguém.
É claro que, não quis arriscar tamanho investimento de jeito nenhum. Porém, dei algumas penduradas no aero em vôo. O vídeo não mostra tudo, pois já pegou a parte final, mas deu pra ver o sentimento comum pelos comentários que fizeram. Afinal, a tremedeira é forte.
Ao Daniel fica aqui registrado o meu maior agradecimento, pois parceiro é parceiro. E ele tem sido um parceirão. Aliás, na nossa pista temos tido uma parceria muito bacana entre a turma do Giant.

Aprendendo...

Nós temos um excelente grupo de aeromodelistas em nossa associação e de uns meses prá cá estamos aprendendo, de verdade, à voar aeromodelos Giant. Não conseguimos nem configurar dereito os nossos aeros, pois todos tem uma tendência ou deficiência em vôo, mas vamos superando isso com muita boa vontade. Devagar estamos melhorando, tanto na configuração dos aeros, quanto no vôo.
Certamente o simulador ajuda bastante, mas a sorte de tentar executar uma manobra na primeira vez, conseguir fazê-la sem quebrar o aero e sem maiores sustos é importante.
Tenho treinado muito no simulador, pois não tenho como ir na pista no meio de semana e alguns dias dos finais de semana a coisa não funciona como esperado. Às vezes o tempo ou compromissos nos impedem de voar. Estou conseguindo evoluir, pois tenho pouco mais de cinco meses voando meu CAP, que pode não ser o melhor aero mas é o que possuo então... vai esse mesmo. Comprei um Edge, e fiz o vôo de estréia ontem. A pior descoberta é ter que reaprender tudo novamente pois cada aero é completamente diferente do outro. Como não vou ficar pulando de galho em galho, estou tentanto eleger meu favorito. No simulador o meu aero é o Yak, mas nunca pude voar um de verdade na pista. Confessei a minha pequena decepção com o Edge, errei no primeiro pouso e quebrei a hélice, para o Rodrigo e pedi para ele me deixar voar o seu Yak, como ele gosta muito do Edge, talvez possamos realizar uma troca. Mas, preciso voar o Yak e ver se não é muito diferente do que estou "acostumado" no simulador. Espero que seja próximo, pois o CAP é muito parecido.
O mais interessante do treino no simulador para o vôo real é a diferença da física e a imperfeição de nossos aeros. No simulador tudo funciona, o aero está soberbamente acertado e trimado. O motor no simulador sobra, na pista sempre falta. No simulador não tem vento, na pista além de ventar tem as rajadas. E, a pior parte, no simulador além de um erro ser custo zero, pois basta reiniciar o vôo, estou sozinho dentro de minha casa no maior silêncio e conforto, na pista tem a torcida que invariavelmente torce para o vento. Brincadeira.
Como disse antes o bom é, tentar a manobra, executá-la e não sofrer uma perda material na tentativa. Como nunca tinha voando aero à gasolina e muito menos feito alguma manobras mais arriscadas, sempre preferí fazer somente aquilo que sei, ou aquela manobra em que meu cérebro e dedos estejam bem coordenados. Primeiro, foi o torque. Nunca consegui girar o aero, mas ando tentando, mas pará-lo já é um vitória e fazê-lo bem próximo ao solo e melhor ainda. Tentei e consegui. Depois comecei a tentar o Harrier, o elevator é uma consequência pois facilita a entrada na primeira manobra. Ainda não tenho o completo domínio do aero, pois a adrenalina (medo e nervosísmo) atrapalha um pouco a coordenação motora. Mas, a cada execução vou conseguindo fechar mais o circulo e trazê-lo o mais próximo possível. Já notei que, no início, quando o aero parece não obedecer ao comando a gente tende a sentir um pequeno pavor e isso prejudica totalmente a manobra, por isso tenho feito tudo com muita segurança e evito ao máximo fazer, aliás não faço, quando alguém está na beira da pista ou voando. Se alguém tiver que sair prejudicado ou machucado com uma falha minha, espero que seja somente eu. Acidentes acontecem, por isso zelo muito pela segurança na hora de fazer alguma gracinha.
É difícil para o ego, não conseguir executar na pista tudo o que se consegue fazer no simulador, ouço algumas gracinhas sobre a dificuldade de se fazer na vida real aquilo que se simula. Porém, somente o uso do simulador me possibilitou fazer o mínimo que já consigo. E passar para a vida real o que faço no simulador é questão de tempo e treino. Porque, de treino e tempo? Explico, no simulador treino todos os dias 45 minutos. Não vôo 45 minutos todos os dias. Logo, na vida real vou precisar de mais tempo para conseguir fazer tudo o que faço no simulador. Acontece que, quanto mais treino no simulador, melhor fico. Ficando cada vez melhor, estou cada vez mais seguro para executar uma manobra arriscada na pista e assim vou fazendo mais e mais, cada vez melhor e com mais facilidade, uma linda bola de neve. Espero que essa teoria esteja correta, a prática tem demonstrado isso, pois não sou o melhor piloto da pista, porém tenho sido o mais arrojado e o que consegue colocar o aero mais próximo ao solo. O bom de tudo isso é que, meus amigos vendo isso sentem que é possível, pois todos sabem que nunca tinha tentado e que, não sou um grande piloto. Por isso é que sempre dou a maior força para que eles, com segurança, arrisquem um pouco mais. O Ernesto tem ido pelo caminho certo, espero que logo, logo, o Bruno e o Rodrigo também. O Rodrigo era em quem mais apostava minhas fixas, pois tem recursos e equipamento de ponta, mas ele tem pouco tempo para voar e menos ainda para treinar no simulador, sem dizer que não consegue controlar o medo de quebrar o aero, medo que só é possível quebrar com muito treino e segurança na manobra, que o simulador propicia. O Ernesto, pelo fato de já ter pilotado helicoptero e ter um vôo muito bonito em manobras clássicas, já provou que com um aero mais estável, o Extra dele não tem ajudado muito, vai conseguir fazer até melhor do que ando fazendo. Já o Bruno era o que mais arriscava nas manobras, porém a segurança era mínima, e esse risco cobrou seu preço, quebrou dois aeros em menos de dois meses. Um prejuízo que inibe o aprendizado, pois o tempo que se fica parado é difícil de recuperar, sem dizer que o custo é elevado monetariamente. Ele já conseguia fazer até mais do que faço e sempre fazia alguma coisa nova, isso me incentivava, pois ia tentando fazer também. Pena que agora ele vai ficar um tempo sem voar. Mas, vai continuar treinando no simulador, finalmente.
Havia me esquecido do Paulinho, esse me prometeu que vai chegar arrepiando com o novo aero dele, espero. Anda treinando com afinco no simulador, com certeza vai apresentar bons resultados, mas temos que aguardar a estréia.
Ontem fiz mais um Harrier na pista e o Rodrigo filmou. Não está bonito, mas está bem melhor que o primeiro. No final do vídeo tem o Daniel e seu Katana 100cc na reestreia, falo disso depois.

segunda-feira, 18 de outubro de 2010

Simular. Simular. Voar!

Sou adepto do simulador e maior incentivador para que os novatos no hobby, usem-no com afinco. Aprendi a voar no simulador antes de ir para a pista. Treinei 45 dias antes de colocar meu primeiro aero no ar.
O inicio sempre é difícil, pois a coordenação motora não obedece a ordem do cerebro e o aero não teima em não obedecer os comandos imprecisos. Mas, aparece ai maior beneficio do simulador, você pode cair e recomeçar novamente sem prejuízo financeiro, até que seus movimentos sejam coordenados e suaves para manter o aeromodelo voando.
Depois que aprendi à voar de verdade, abandonei um pouco o simulador. Pois, tudo o que queria em vôo já estava "dominado". Estava, sim mas para o meu vôo escala.
Um belo dia, comprei um aero 25% com um motor 50cc, um CAP 232G, e decidi aprender vôo 3D. Passei a treinar um pouco mais no simulador. Mas, queria mais e melhor. Então a opção era comprar um simulador original, já que imagina ficar mais próximo da realidade com um simulador novo. A opção em sí não é importante, o interessante é saber que, nunca havia feito manobras 3d e nunca tinha voado um aero à gasolina.
A primeira manobra eleita foi o Torque Roll, não sei citar todas as manobras, mas fui aprendendo devagar e treinando com afinco cada uma. Parafuso chato, parfuso de asa, harrier e etc. Acontece que, na hora de executar a pista a coisa muda de figura e como muda. A emoção toma conta e a tremedeira e o medo de cair falam muito alto, sem contar que uma queda pode acabar com o aero. E como meu orçamento para aermodelismo é curto igual a coice de porco, melhor não arriscar.
Acontece que o treino diário no simulador, 45 minutos todos os dias à sério e sem deixar o aero cair à toa, me deram uma certa segurança para executar alguma coisa ao vivo. A primeira foi segurar o aero no torque. Sem conseguir girar, mas já estava muito bom pelo menos para mim. No início muito alto, depois foi decendo, decendo e decendo, até chegar próximo o suficiente do solo para deixar os meus amigos surpresos.
Logo eu, que nunca havia feito nada mais do que ficar voando com o aero, pra lá e pra cá, já estava fazendo aquilo, então o simulador é bom mesmo. Ou, eu já nem estava pensando mais em mulher, na minha mulher é claro. Sim, os comentários maldosos pululam pela pista, basta não ligar. Depois o parafuso chato, junto com o maior susto pois o motor apagou. Logo, parafuso de asa. Uma tentativa de harrier e meu aero, quebrou o trem de pouso e meu maior trauma, pois qualquer quedinha boba num gasolina o prejuízo pode ser enorme. Ainda bem que, além do orgulho, apenas um hélice foi danificada.
Nisso passaram-se cinco meses, desde o início com o aero à gasolina e poucos vôos, não tantos como gostaria, mas bons vôos são mais importantes do que uma grande quantidade de vôos frustrantes. Domingo pela manhã estavamos na pista e fiquei tentando fazer um nova manobra, não me recordo o nome, mas a gente fica tentando girar o aero no eixo, dando leme, aileron e profundor, quase tudo junto. Eita coisinha difícil, mas logo sai. Daí, me deu um vontade de fazer um torque e o aero saiu num harrier, pensei: "Harrier, por que não! Vou tentar!" E não é que saiu, quase bem feito. Nessa hora ví o quanto valeram à pena o tempo investido na frente do simulador. Como testemunha vou anexar um vídeo, feito pelo meu amigo Daniel. Com certeza eu queria editar e tirar fora a última parte do vídeo. Porque? Oras, consigo fazer um harrier e peco na hora do pouso. Vocês vão entender depois de verem. Um abraço e vão por mim, quer fazer algo melhor? Treine. Quer fazer algo bem feito? Treine mais ainda. Quer fazer, algo melhor, bem feito e com segurança? Bem... treine demais. Só assim você consegue.

sexta-feira, 1 de outubro de 2010

Spektrum DX8 - Bug

Já comentaram que não simpatizo muito com a marca Spektrum. Certamente neguei, pois possuia um DX7 que é um excelente rádio, tirando os defeitos de projeto que podem ocorrer em todos os rádios desse modelo, a saber: Congela em vôo se você usar a bateria original e não colocar um capacitor. Trava o rádio se você deixar descarregar a bateria ou se ela desconectar com ele ligado, BACKUP ERROR. Ainda assim é um bom rádio, foi o primeiro a ser lançado mundialmente na frequência 2.4ghz, tem milhões de usuários ao redor do planeta e possui, o que muita gente chama de patrulha Spektrum, defensores ferrenhos entre seus usuários.

Porém a marca é ruím. E não preciso inventar nada para comprovar isso. Todos os rádios que a Spektrum fez são temerários, DX5 e DX6. Todos os receptores abaixo do AR7000 são problemáticos, sem contar em um grande número "falsificado" de receptores dessa marca existentes no mercado. Vale lembrar aqui que o genérico, o orange, é melhor que o original pois já vem com um capacitor embutido.

Ah, mas o DX7 é bom e ai? Pois é, esse DX7 é um legitimo JR, se não me engano 7202. Os outros, por serem legítimos Spektrum, são verdadeiros bastardos.

E quanto ao DX8, já apareceu o primeiro BUG. Veja o relato aqui no site do Bruce Simpson, http://www.rcmodelreviews.com/, que elogia a Spektrum UK por disponibilizar a correção muito rapidamente.

Porém, existe sim uma antipatia com a Spektrum e mais precisamente com a Horizon, dona da marca, pelo desrespeito demonstrado com relação às criticas recebidas no site do Bruce. Leiam a carta aberta, www.rcmodelreviews.com/about_spektrum.shtml, enviada à Horizon e as tentativas feitas por ele para obter uma resposta. E se acharem interessante, olhem a análise feita no DSM2, www.rcmodelreviews.com/dsm2flaw.shtml, que não é tão bom quanto parece. Deve ser por isso que muita gente teve problema com esses rádios no IRCHA 2010. Mas, a patrulha Spketrum vai dizer que, o motivo foi porque tinham muitos rádios da mesma marca em um único local. É, pode ser...E ai eu rolo de tanto rir.

sábado, 11 de setembro de 2010

Quando a vontade fala mais alto.

Ninguém gosta de emprestar aeromodelo para que os outros voem. É certo que quem pega, quando oferecem, ou quando pede, sabe que a regra é clara, caiu pagou!

Não gosto de pilotar aeros de outras pessoas e gosto menos que pilotem os meus. Cada um ajeita o aero à sua maneira, configura o rádio a seu gosto e habilidade, sabe das tendências e manhas particulares. Por isso, prefiro não voar aeromodelos de amigos.

Mas, algumas vezes não podemos fugir dessa possibilidade. A primeira é por sermos mais experientes, temos obrigação de ajudar os mais novos nos primeiros vôos. É sempre bom, quando se estréia algum aero ter um piloto mais gabaritado, para um primeiro vôo. É claro que quanto mais responsável e capaz, esse piloto for, mais segurança teremos no vôo.

A muito passei da categoria de iniciante, para a de piloto mais experiente. Não pelo tempo de modelismo, pois sou dente de leite, mas pelo tempo de vôo em sí. Eu voei muito, vôo muito e ainda treino, bastante, no simulador. É claro que sou falível, porém minha maior virtude e não ser atirado, pois prefiro passar a bola para alguém mais fominha e ficar somente na observação.

Porém o 3D e os aeros à gasolina, me impeliram à experimentação, pois sempre achamos que o aero do vizinho é melhor. Com isso, sai na pista experimentando os aeros dos amigos e companheiros.

Hoje aconteceu algo engraçado, rejeitei duas ofertas e da mesma pessoa, o Rodrigo. Ele tem vários aeros e nenhum faria falta caso acontecesse algum acidente. Não que deixaria algum cair, mas tudo pode acontecer. Mas, a regra é a que mencionei antes, se aceitasse e algo de ruim acontecesse teria que arcar com os prejuízos, nada mais lógico.

Primeiro foi o Funtana, eu dando as dicas sobre aceleração e tentando corrigí-lo no torque, a oferta foi: "Quer experimentar? Pega!". Declinei e lhe disse que faria menos do que ele estava fazendo. Pena que não ouve muita insistência. Mas, depois do pouso pedi para não desligar o aero e pude mostrar, com ele segurando o aero nas mãos, o que estava tentando ensinar-lhe sobre aceleração, achei engraçado quando ele viu que o aero ficava quase parado sem que ele fizesse muito esforço, na vertical, enquanto eu segurava no motor. Depois falei para ele que a única forma de perder o vício de acelerar e desacelerar, demais, o motor, seria treinando no simulador. Espero que ele siga a minha recomendação.

A segunda negativa, foi com o Extra 260 100cc da Aeroworks. Uma pelo valor e a outra por causa da tendência aprensentada pelo aero. Quando o Rodrigo começava a subir o aero saia para a esquerda, tendência do torque do motor. Falei para ele corrigir isso que aceitaria, prontamente, a oferta de voar o aero.

Às vezes, devemos aprender a não nos precipitar em pegar o aeromodelo na primeira oferta. Pois, não teria como saborear o vôo sem saber o ponto ideal de aceleração, no caso do Funtana, e com a tendência de nariz, no Extra.

Tenho um Funtana comigo e nunca reformei-o, por não prestar atenção no tipo de vôo e na docilidade que o aero oferece nas manobras. Talvez, se tivesse ido com muita sede ao pote acharia que minha observação fosse errônea, mas pegando o aero de perto e vendo o qual leve e dócil para subir com pouco menos de meio motor, senti uma agradável sensação ser aquele um aero ideal para treinos de manobras mais ousadas no 3D.
Com certeza a próxima oferta não será desperdiçada. E tomara que seja no 100cc, que duvido muito.

sábado, 4 de setembro de 2010

Parado, mas voando!!!

Bom pessoal o blog anda meio esquecido, tenho feito várias coisas e mexido muito com aeromodelos. O trabalho rouba, como diria Zeca Balero, horas preciosas de nossas vidas, porém é um mal nescessário. No work, no money. No money, no flight. Para os aeromodelos sobram as horas vagas. Acontece que esse tempo precisa ser dedicado também à família. O blog ficou meio de lado e até esquecido. Então estou retornando e vou tentar colocar as coisas em dia.

Mas, vamos a um dos motivos pelo qual meu tempo ficou mais escaço, mais do que já o é. CNC, sim estou bolando a construção de uma máquina, primeiro para cortar aeros e, quem sabe, fazer algum outro serviço para ganhar uma grana extra, que pode ser muito bem vinda.

É um projeto, pelo menos para mim, caro e que requer um cuidado muito grande na hora de investir. Se investir errado fico com um belo mico na mão. Se investir corretamente, posso colher bons frutos mais adiante.
Em paralelo a tudo isso, tenho redesenhado algumas plantas de alguns Giants para construir futuramente, Katana, Extra e Yak. Vou tentar fazer para três motorizações diferentes, 26cc, 50cc e, mais adiante, 100cc.
Estou planejando um perfilado para motor 50cc, um funfly para aprender, sem medo de quebrar, manobras 3D. Nessa categoria, perfilado, tenho alguns desenhos para bons aeros glow, .46, .60 e .90.
Não é uma coisa que vai acontecer de imediato, mas estou trabalhando duro para que se realize.
A idéia é construir bons kits e, se possível, com um bom preço.

quinta-feira, 29 de julho de 2010

Estréia do Ultimate 100cc do Rafael

Ontem o Rafael fez o primeiro vôo com seu Ultimate 100cc. Equipamento novo é sempre uma preocupação na estréia. A gente monta com todo o cuidado e fica morrendo de medo no primeiro vôo de ter esquecido algo ou feito um serviço ruím, acontece com aeros pequenos imagina com um investimento na casa de R$ 6.000,00.


A montagem desse Ultimate foi feita na oficina do Daniel, que é o maior incentivador dos novos e velhos aeromodelistas, que tem aberto um espaço importante no seu local de trabalho para que façamos alguns serviços em nossos aeros, a montagem dos novos é apenas uma parte do que andamos fazendo por lá. É bom lembrar que, além do Daniel, o Vanderlei, Leonardo e Rafael, fizeram, cada um, a sua parte. O resultado foi um aero pronto para voar em menos de 10 dias.


Vamos às primeiras impressões. Um 100cc é algo imponente, pois o porte do aeromodelo intimida. Os custos são elevados e os cuidados devem ser redobrados. Com esse Ultimate não poderia ser diferente. O Kit é um TWM 34%, adquirido na Hobby Delivery, motor um DLE 111, Servos Blue Bird alto torque, Rádio um Futaba 7C Fasst (o Rafael vai comprar um 10C, logo, logo), mesa Smart Fly e reguladores da mesma marca, Bomba de Fumaça Sulivan e Lipos, muitas Lipos.


Chegou a hora do vôo e sempre tem um detalhe esquecido, as baterias estavam soltas dentro do aero, foi ficando para depois e quase que se esquecem de fixá-las. Por sorte o Daniel lembrou na hora que fui fixar os parafusos na fuselagem.

Teste de distância, ok. Partida... partida... partida... demorou um pouquinho, mas ok! Comandos, ok! Aceleração, vixi que força, ok! Conselhos para primeiro vôo, ok!

O Daniel dando as últimas recomendações para o Rafael: "Olha, taxia e verifica se está tudo certo. Ai decola!" O Rafael deve ter pensado, "Que nada, vou e mandar esse bixo logo pra cima!" E foi o que ele fez, acelerou e decolou logo.




Perfeito, se bem que isso não existe, mas deve ter precisado de dois piques nas trimagens para ficar voando liso. Bomba de fumaça funcionando, avião voando sossegado e em terra a euforia e o nervosísmo já estava quase dominada. Quase, pois o Daniel, ficava com um olho no gato e outro no peixe, cuidando do tempo de vôo e parecia mais nervoso que o piloto.

Primeiro pouso, olhamos o aero e checamos superficialmente as fixações, tudo ok. Mas, um monokote da asa já estava soltando, esses kits TWM tem que se tomar um cuidado muito grande com isso. É preciso caprichar no ferrinho de entelar em cada detalhe, senão descola tudo.

Segundo vôo, e tudo correndo bem. Mas, o monokote solto deu ar da graça, bastava acelerar que o barulho era assustador. Teste de comandos e o aero se comportou muito bem. Segundo pouso tranquilo e vamos ver como estamos.

O monokote havia soltado ainda mais e a bequilha perdeu dois parafusos. 7 minutos de vôo e meio tanque de consumo, para um 100cc muito bom. Meu TGY 50cc consome em média 400cc à cada 10 minutos.

O aero é muito bonito e voa muito bem. Só que, para montar e desmontar na pista, nem pensar. O Rafael está optando por deixá-lo montado, devido a sua montagem e desmontagem ser muito complicada.

Ainda faltam duas estréias nos 100cc, Ernesto e Regis. Não devem demorar muito, pois agora temos 3 100cc em atividade, o Katana do Daniel, o Extra 260 do Rodrigo e o Ultimate 100cc do Rafael. E logo, os dois vão querer voar os seus.

domingo, 25 de julho de 2010

A vítima.

A pouco tempo surgiu na nossa pista uma epidêmia de aeros 3D à gasolina. Com essa epidêmia, surgiu uma nescessidade de aprendermos manobras diferentes. Coisas que para alguns podem ser simples, para quem nunca fez é a maior dificuldade. Torque roll, Harrier, Elevator, Blender e por ai vai, são várias manobras e cada uma com um grau de dificuldade que iníbe muito iniciante. Mas, a prática faz com que você crie confiança e com isso aumente os riscos.

Bem, na verdade começamos em um pequeno grupo, 4 amigos, a tentar realizar algumas manobras com certa perfeição. A primeira seria o torque roll, inclusive com a brincadeira de que o primeiro à conseguir passar o leme o mais próximo da grama ganharia um prêmio. Não que a aposta fosse importante, tanto que não entrei na brincadeira, mas aceitei o objetivo de realizar a manobra, logo eu que só vôo escala.

Bem, no simulador, sou um exímio piloto nessa manobra. Tenho uma certa vantagem sobre meus amigos, mas simulador é algo completamente diferente da adrenalina ao vivo. Primeiro, no simulador uma queda não custa nada, basta reiniciar e voar novamente. Voando um aero de verdade, qualquer tombinho besta pode ser um grande prejuízo.

Como elegemos o torque roll e não faz um mês que comecei a voar meu Giant, um CAP 232g 25% com motor 50cc, já comecei mostrando para o pessoal que a minha performance era muito consistente, pelo menos nessa manobra, e como sabiam do meu treinamento, alguns partiram para o simulador para me alcançar. Vamos aos meus amigos, que estão aprendendo junto comigo a executar o torque roll.

O Rodrigo, melhorou bastante pois já vinha treinando e voando Giant a pelo menos um ano. Claro, nunca conseguiu parar o aero no torque e, muito menos, ter segurança na manobra. Mas, já ví melhoras. Segundo ele treina pouco no simulador porque não tem "saco".

Ernesto, reclamava que nem no simulador conseguia parar um aero direito e com o treino já mostra sinais de consistência, inclusive fazendo um giro completo e não dando grandes sustos nas saídas. Só que ele vinha enfrentando com seu aero o problema de ter um Glow com motor à gasolina, pouco peso na cauda e o aero fica muito arisco por ter um peso de nariz muito grande para o seu tamanho. Pelo visto hoje conseguiu um grande sucesso com um pouco de peso na parte de trás do aero. Outra coisa é ter um melhor equilibrio nas reacelerações. A manobra está ficando boa.

E por último o Bruno. Que me disse não treinar no simulador à muito tempo, mas voa muito bem. Acontece que ele é o mais atirado para arriscar manobras diferentes e logo achei alí um bom termômetro para o meu nível na manobra. Pois, se tinha alguém que poderia puxar o nível da brincadeira para cima, ou para o mais próximo do solo possível, esse seria o Bruno.

Mas, o Bruno se tornou a vítima da própria vontade de aprender e fazer melhor à cada tentativa. Muita gente diz que, para aprender o torque roll tem dois caminhos, muito alto ou muito baixo, no meio termo é muito mais perigoso, pois não há margem para erro e se acontecer o aero só ganha velocidade para fazer um estrago maior. Estando muito alto há tempo para recuperar e muito baixo o tombo pode ser menor.

Para conseguirmos fazer uma manobra muito baixo, infelizmente passamos pela meia altura. E se o erro acontecer ai pode nos custar o aero. E foi isso que aconteceu com o Bruno.

Surpreendentemente a maior dificuldade do torque não é a manobra em sí, mas na superação do medo de cair. É preciso saber recuperar o aero de uma queda perdendo o mínimo de altitude possível. Quando o aero tombar o nariz para o lado, qualquer lado, recomenda-se dar potência e tentar sair com a menor perda possível de altitude. É nescessário muita prática para sair do sufoco e escolher a melhor posição para movermos os sticks e fazer a recuperação. Muita gente quando tem um problema com o aero em alguma manobra tem a tendência de baixar a aceleração, principalmente quando o aero entra no dorso e começa a descer. O que é muito fácil de ocorrer no torque, pois muitas vezes cabramos demais o profundor e o aero pode cair de costas na manobra. É preciso picar tudo e dar motor e foi ai que o meu amigo errou.

Ele nem estava fazendo o torque, estava já tentando o harrier quando deu muito motor e entrou no torque e logo na sequência o aero tombou no dorso. Quando ele cortou o motor comentei com o Ernesto que estava ao meu lado, "Ele tirou o motor, está errado. Não vai dar tempo de sair!". Foi uma lenha clássica, aero caíndo estolado e o piloto batendo asa tentando recuperar. Faltou um pouco de sangue frio, para sair sem maiores danos ou, que fossem o mínimo possível. Porém, o prejuízo foi de total destruição do aero.

Bem, só quebra aero quem voa. E quebra mais quem tenta fazer manobras arriscadas e que ainda estão na fase do aprendizado. O Bruno, sempre arriscou mais e, tenho certeza, gostaria de fazer uma manobra com maior grau de dificuldade. Errou e pagou o preço, meio caro pois vai ter que comprar um aero novo e algumas peças que quebraram no, bem..., pouso.

quarta-feira, 21 de julho de 2010

Estréias.

A alguns dias tivemos a estréia de dois aeros 35% na nossa pista. São os primeiros aeros nessa classe de nossa pista, pois até o momento só tinhamos 27% como os maiores aeros da pista. Com a baixa do dolar e a facilidade para adiquirir equipamentos provenientes da China, ouve uma verdadeira revolução no tamanho dos aeromodelos. Muita gente resolveu investir em aeros Giant 35%, mais caros e maiores. Alguns compraram novos rádios só para a estréia dessas preciosidades. Bem, para muitos os investimentos se tornam proibitívos, algo em torno de seis mil reais. Acontece que, esses valores são 1/3 dos valores investidos à menos de 4 anos em aeromodelos desse porte. Com isto vimos a aquisição de 5 aviões, Funtana 36% TWM, Extra 260 Aeroworks, Ultimate 34% TWM e Velox 34% TWM e mais um Extra 260. Todos novos, 100cc e com equipamentos também novos.

Como temos nos reunído na oficina do Daniel, alguns aeros tiveram as montagens acompanhadas de perto por todos os aeromodelístas que frequentam o local. Tiramos fotos e aprendemos muito nesses dias. Ali foi montado o Funtana do Daniel e está sendo montado o Ultimate do Rafael. O Extra 260 do Rodrigo, foi montado por ele em sua casa, sozinho o que é de se adimirar. O Velox, do Régis está na casa dele, ainda na caixa e deve demorar um pouco, pois o caixinha resolveu reformar um Piper J3 Giant de 3,6 metros de envergadura, que vai dar um belo trabalho. E, por último, o Extra do Ernesto, esse não tem pressa nenhuma na montagem pois vem desfrutando de um 25%.

Voar qualquer aero novo é motivo de preocupação e adrenalina, o que dá uma bela tremedeira no piloto. Imagine estréiar um 100cc? É preciso estar com gente experiente à sua volta, para garantir que o pouso seja feito com sucesso, afinal lenhar um aero desses nem pensar!

Os primeiros a aparecem na pista para o vôo inaugural foram o Funtana e o Extra, Daniel e Rodrigo. No início achei que o Rodrigo não voaria, pois ele me confessou que estava tremendo só de pensar na possibilidade do vôo. Já o Daniel, sempre destemido, queria colocar o aero no ar o mais rápido possível. Mesmo assim, fez um vôo com um aero menor para baixar um pouco a adrenalina da estréia.

A montagem foi feita com o auxilio do seu irmão, Vanderlei, e com os olhares atentos de todos na pista. É claro que numa ocasião dessas todos querem estar presente e compartilhar da alegria do primeiro vôo. E lá estavam Bruno, Leonardo, Rafael, Marcelo Bigulin (Equipe de Aeromodelismo de Primavera), Artur, Silvio, Junior, Paulinho, Norman, Chico e Eu.

Depois de montados os aeros na pista, foram feitos as checagens e ajustes de última hora. O primeiro funcionamento, seguido de um check list e vamos voar.

O primeiro vôo não podeira deixar de ser do Daniel, que saiu com o acelerador à pleno e levantou o Funtana, já ligando na sequência a bomba de fumaça. O Gaucho se saiu muito bem para uma estréia, que apesar da tremedeira parecia ser tranquila. Vários loops e tuneal´s, nada mais que um bom vôo de, longos, 10 minutos. O primeiro pouso ficou à cargo do Marcelo Bigulin, que bem mais experiente trouxe o aero ao solo sem maiores problemas. A comemoração foi geral e todos parabenizamos o Daniel pelo sucesso.

Na sequência o Rodrigo foi instigado pelo Daniel a fazer o seu vôo de estréia com o Extra 260. Como ele viu o Daniel voando, ficou bem mais aliviado e tranquilo pois o vôo não tem muita coisa de diferente dos outros aeros, a não ser o tamanho e os custos. Levantou o aero e fez um vôo com um pouco mais de trabalho que o Daniel, pois seu aero, de forma estranha, requereu uma mais atenção na trimagem, nada assustador, mas que deixa o vôo mais tenso. Da mesma que o vôo anterior o pouso ficou nas mãos experientes do Marcelo.

Sucesso total na estréia mais importante desse ano em nossa pista, pois não tinhamos na cidade algum aeromodelista que tivesse coragem de comprar e voar aeros desse porte. Quem começou com essa idéia foi o Ernesto, que comprou um aero 36% e começou a montar. Depois o Rodrigo, ganhou de presente da esposa, acreditem se quiser, e foi comprando as peças para montar devagar e sem pressa, igual o Ernesto. Depois veio o louco do Daniel, que comprou tudo de uma vez e ficou somente na pendência do Aero, comprado na HobbyDelivery. No impulso surgiram o Régis e o Rafael, esse último já está com Ultimate quase pronto e deve estrear no próximo final de semana, já o Régis deve demorar bastante.

Agora o desafio é fazer o torque mais próximo do solo, páreo duro para o Ernesto, Bruno e Eu, pois ainda estamos aprendendo a dominar os aeros à gasolina.

sábado, 17 de julho de 2010

Caixinha de R1.



Pois é o Regis, Caixa preta, aparece na pista com sua R1. Coisa mais linda, apesar de achá-la pouco potente. É divertida sem dúvida, pois proporcina muita diversão ao seu proprietário. Apesar de sua baixa estatura o Caixinha gosta de motos super esportivas, acho que com essa não vai ter problema. Apesar do frio vimos o Regis pilotando sua moto. Muita gente pode querer duvidar que o Regis tenha uma R1, por isso tirei fotos e as coloco aqui.

Quebra hélice. A briga acirrada pelo troféu.

A liderança nesse quesito era, folgadamente, do Leonardo. Que além de quebrar hélices de madeira, quebrava também o avião, meu CAP é fruto de um acidente. Depois veio o Daniel, que surpreendentemente não havia quebrado muitas hélices com seu sukhoi 50cc na fase de aprendizado, se não me engano foi somente uma. Mas, depois que aprendeu a voar sozinho teve que comprar hélices de caixa. É uma atrás da outra, todo vôo quebra uma, principalmente depois de ter sofrido uma quebra de hélice e continuado à voar, ou tentar. Nesse dia foi terrível, pois alám da hélice, quase que vai o aero inteiro, principalmente por causa da vibração.


Mas, hoje teve um terceiro candidato ao título de quebra hélice. Ernesto. Apesar de que, não é o forte dele. Seu ponto forte é a perda de peças dos aeros em vôo, nisso é insuperável. Porém faço o registro da quebra de hélice hoje, pois pode se tornar rotina.

Frio... Muito frio...




Não adianta, quando faz frio a turma não anima em voar. Mas, comparece na pista para não perder o ritmo. Eu fui sem aero porque meu CAP 232 27% 50cc deu problema no carburador e não funcionava direito. Foi bom, pois o vento lateral e, como sempre, cheio de turbulência fez os vôos com aeros maiores algo meio complicado.



O interessante foi ver que os mais fominhas estavam todos lá. Daniel, Leonardo, Silvio, Sidnei, Junior, Chico, Bruno, Rafael, Luiz e Eu. Desses, dificilmente algum falha. Voar mesmo, somente o Sidnei de coyote, Daniel também de coyote, Ernesto de Extra 25% e o Bruno dando instrução para o Gauchinho e Macarrão.
O importante, mesmo que não se voe, é passar horas agradáveis com os amigos. Acontece que hoje o único lugar agradável era sentado no bagageiro da Pajero do Silvio, pelo menos ali a gente ficava protegido do vento.

terça-feira, 13 de julho de 2010

Um dia difícil.

Tem gente que enxerga somente o lado bom das coisas, outros enxergam somente o pior dos lados. Muitos quando me vêem colocando as coisas no carro, pensam logo: "Folgado, gastando dinheiro à toa com aviãozinho!". Bem, primeiro não é aviãzinho e muito menos brinquedo. É aeromodelo, arte e ciência. Podia ser esporte, mas nessa zona chamada Brasil pouca coisa anda sendo feita para que o aeromodelismo se torne esporte de verdade.


Outros acham que minhas tardes na pista só servem para meu lazer egoísta. Pois é, tem dias que todo o tempo de pista vira trabalho. Aero dá problema, não pega e quebra. Sim, às vezes quebra e quando isso acontece, melhor que seja no solo e não ao solo.


Bem, tem aqueles dias difíceis de estreia, de um vôo tenso por ser um aero desconhecido ou novo. Passei por isso na estreia do meu CAP 232 27% e foi da pior forma possível, pois teimei em voá-lo com um vento forte. Vou tentar narrar o sufoco.


Montei o aero decidido à voar e achava que o vento seria algo legal para um aero grande. Pois o tamanho deveria me ajudar nas manobras e no pouso. Não conhecer direito o equipamento é algo temerário em determinadas situações e nesse dia cometí um grave erro de julgamento sobre a força do vento. Quanto dei partida no aero o Bruno, um amigo, me falou: "Vai voar com esse vento?". Pois é, vou e fui. Quando decolei o vento que já estava forte, resolveu acelerar comigo, ficou mais forte. Após uns 5 minutos de vôo o Bruno, que de bobo não tem nada, chegou e me pediu para começar a tentar pousar, pois não sabiamos como o motor estava consumindo e era melhor não arriscar pousar de última hora. Bem, pelo menos nessa hora o juízo falou mais alto. Só que, já tinha me arrependido de ter decolado e, a partir desse momemento, me arrependeria mais ainda. Tentei a primeira vez e o vento não deixava baixar o aero, para complicar era um vento com muito turbulência, aqui dificilmente venta constante. Passada a quarta tentativa, comecei a pensar: "Pôxa vida, onde fui me meter! Eu tinha que decolar!" Tremer era algo normal nessa hora, mas pensei em não me entregar e nunca passar o rádio para alguém pousar para mim. Era a terceira vez que voava o CAP e não queria quebrar ele tão cedo, porém a coisa estava caminhando para o pior. Ainda bem que, o pessoal da pista apareceu para ajudar. É certo que no meu nervosismo não conseguia por em pratica tudo o que a gente aprende com o tempo e ouve nessas horas. Mas, meu treino no simulador e as horas de vôo e treino começavam à valer alguma coisa. Resolvi tentar novamente e pensando em arremeter se não desse, nada de arriscar uma quebra. Foi nesse momento que consegui me tranquilizar, pois descobri ali que o aero obedecia, e bem, ao comando do acelerador.

Consegui pousar na oitava tentativa, arrastei um pouco a ponta da asa, mas deu tudo certo. Consegui! É isso que importava nessa hora. Descobri que uma picada no stick resolve muita coisa e que o CAP é complicado em pré-stoll. Mas, depois de alguns vôos ele estaria dominado.
Certamente que aprendí duas coisas simples. Sem o devido domínio do aero, no caso um 50cc, jamais arriscar voar em condições climáticas adversas. E, não se entregar à adversidade, pois ela pode nos ensinar bastante e não bancar o heroi quando a coisa está complicada. Não dá para pousar, arremeta e tente novamente! Não é vergonha. Melhor um covarde vivo do que um heroi morto.

Lembra do Chico?




Pois é, depois da internação e tratamento com brinquedos terapêuticos, o Chico já começa a ter contatos com aeromodelos de verdade. É claro que não está completamente liberado, os contatos são monitorados e o máximo que podemos permitir é um taxiamento com treinadores. Vai que o paciente tem uma recaída e resolve quebrar mais um, que seja algo barato.



O importante é que ele tem reagido bem ao tratamento e já consegue conviver com o pessoal da pista e não tem passado mal no meio de tanto aero.

Um dia em que, quase, nada dá certo!

Sabe aqueles dias em que tudo de errado parece acontecer no mesmo lugar? Quando isso acontece numa pista de aeromodelismo é coisa muito séria, melhor nem tirar a câmera digital do carro para documentar os fatos, pois alguém pode se exaltar. Aconteceu no domingo passado.


Como sempre, sou um dos primeiros à chegar no local de vôo e já fui descendo o equipamento e montando. Tinha feito uma checagem completa do aero em casa. Montei o aero e coloquei para carregar as baterias, abasteci e deixei tudo pronto para voar. Fiquei batendo papo e ajudando os atrasados.


Enquanto isso, o Sidnei já mandou um coyote para os céus. Um pouco de vento, mas nada que preocupasse o meu amigo, que voa até findar o combustível e pousa com certa maestria. Pelo menos tinha sido assim no sábado. Mas, hoje é domingo e tudo pode acontecer.


E não é que aconteceu?


De repente vejo o aero do Sidnei levantando poeira no meio do capim, caiu. Bem, caiu devagar num pouso mal suscedido, após acabar o combustível e sem combustível aeromodelo plana ou cai. Esse caiu. Resultado? Profundor arrancado.


Mal o Sidney chegou no barracão o Daniel já estava com outro coyote na pista. Pode até ser coisa de coyote, coincidência ou armação, mas o dele apagou e fez um pouso ainda pior. Passei a minha senha, virtual, para a próxima vítima.


O Bruno, pegou seu Extra 27% e foi voar. Coisa linda de ver voando. De faca, de dorso, parafuso chato, tuneal, parafuso chato, de novo, e torque. Quase tudo que se tem direito. Primeiro pouso, uma belezura. Pensei, pronto acabou a maré de quedas e foi por causa de dois manicacas. Foi só pensar e o Bruno se estatelou no solo no segundo pouso. Arrancou o trem de pouso e o aero estacionou de barriga na pista. Tudo bem que, o trem, arrancou por obra do acaso, que se chama desgastepelotempodeuso, tudo emendado mesmo.


Como tinha pego a próxima senha de entrada, virtual pois não temos esse controle, passei-a adiante.


Chegou o Luiz, com seu coyote. É, sei o que estão pensando, todo mundo tem um coyote nessa pista? Quase todo mundo, quem não tem coyote tem albatroz. Fominha, o Luiz, cortou fila. Levantou vôo e o motor apagou, ou aparentou ter apagado. Ele trouxe o aero para pouso e notou que o motor estava ligado, arremeteu, e meteu o aero em uma árvore. Maior estrago do dia, até agora, asa e mais algumas outras coisinhas quebradas.


E eu ali, olhando e pensando: "O que é que eu faço? Me acovardo e recolho tudo? Vou voar e...arrisco cair, bem nem pensar!". Porém, fiquei inerte e só reparando nos outros. Como tem gente que não se intimida com acidentes em sequência, vai aparecer mais um pra voar.


Apareceu, e a vítima é o Lernardo e seu Edge 540T 27%. Vitima? Já, antes de decolar? Sim, antes de decolar uma rodinha travou o aero picou e quase vai a hélice pro solo, o famoso "lambe pixe". Escapou por pouco, mas como bom mineiro, soltou o redondo. Melhor, a rodinha. Reparei nessa hora que, a pane e o pânico, caminham de mãos dadas. O cara nem curte mais o vôo. O Leonardo, decolou e quando viu que o aero estava sem a rodinha só pensou em pousar. Pousou, estragou a polaina e só, pouca coisa para muito susto.


Nessa hora sai da fila. Sei que alguém vai ocupar minha vaga. E foi rápido. O Elton chegou com um albatroz e pista. Decolou, voou e pousou, com rádio FM, motorzinho Fx, coisa antiga mesmo. Daqueles que pedem para cair, mas não caiu. Não deu susto e, aparentemente, tudo funcionando. Me animei e entrei na fila. O Elton nem pousou e já mandei meu CAP232 27% pra cima. Tudo tranquilo e depois que pousei pensei novamente: "Bem, esse negócio de acidente em sequência é bobagem. Eu e o Elton voamos e tudo funcinou perfeitamente". Devia ter esperado mais, pois algumas coisas aconteceram com nós dois logo depois. Mas, teve gente que sofreu antes.


O Macarrão, Junior da Aerocar, trouxe o aero para ter uma aula com o Bruno. Trimaram os rádios, testaram e foram pra pista. Não é de ver que o aero nem saiu direito e já caiu na pista? Coisa mais esquisita, simplesmente cabrou e picou. Caiu na pista e quebrou o montante do motor. O Bruno diz que foi na decolagem, eu acredito hehehe.


E não parou por ai. Tinha uns cara que trouxeram um helicoptero, daqueles xing ling, e estavam testando o vôo. Caiu e caiu feio, esse quebrou tudo. Logo depois, o Silvio foi pegar o albatroz dele para dar um vôo, pois o vento tinha acalmado de vez. Acontece que, pois é parecia que nada daria certo naquele dia mesmo, o fio do BEC tinha se rompido. Sim, no solo e parado.


Lembra que mencionei sobre o meu vôo com o CAP232, que fora bem sucedido, juntamente com o do Elton? Pois é, o Elton ficou brigando com uma agulha quebrada no carburador, para não passar batido. Eu, resolvi voar novamente e chequei tudo no aero antes da partida. Fui pra pista e o aero já saiu fazendo curva para a esquerda, corrigia e ele virava, corrigia e ele virava. Tive que vir para pouso, não consegui, pois tinha sincronismo entre a virada e uma pequena acelerada no motor. Dei uma volta à mais e gritei para o pessoal que estava ao meu lado na pista, "Pouso! Aero está sem controle!". Deu um trabalhão pousar sem lenhar. Mas, pousei. Parei o aero e o danado parecia acometido do mal de parkinson, de tanto que tremia. Desliguei tudo, esse foi meu erro, e nada mais ligou no receptor. Vou ter que tentar bindar novamente e ver se volta à funcionar. Ainda não culpei o rádio pois não fiz um teste. Mas, adiantando é um spektrum DX7. O que? Está achando que estou culpando o rádio? Bobagem.
No final do dia contamos 11 problemas em aeros diversos. Muitos com FM e outro tanto com 2.4ghz. Mas, quase ninguém ficou ileso naquele dia em que, quase nada deu certo na nossa pista.

segunda-feira, 28 de junho de 2010

Um, dois, três, testando!

Hoje fizemos o teste da instalação da bomba de fumaça no Katana 35% do Daniel. Para muitos isso pode parecer algo simples, instalar uma bomba de fumaça em um aero à gasolina. Acontece que, esse Katana 35% é o primeiro aero que o Daniel monta, imagina a agonia de instalar um bomba de fumaça e finalizar tudo.



Por isso nos reunimos na oficina dele para prestigiar o momento. Parabéns

Daniel!!!!!!

Iniciando em grande estilo.

E imaginar que o Daniel realmente aprendeu à voar a aproximadamente 3 meses, me dá bastante orgulho. Primeiro, por ver que a empolgação e a alegria fazem as pessoas vencerem barreiras que muitos acham intransponíveis. Ele comprou um coyote, instalou um motor ASP .61 e pegou algumas aulas com o Leonardo. Já havia tentado voar com um albatroz velho e não tinha conseguido, pois mais ficava no solo do que voando. Agora, com equipamento novo e uma fome danada de aprender e voar, a coisa fluiu de forma natural. Tão natural que em apenas 15 dias já estava solando. Algumas hélices quebradas e pousos mal suscedidos fizeram parte do aprendizado, mas o aero continuou, e continua, inteiro.
O interessante é o que estava por vir nessa empolgação toda. Um dia cheguei na loja e ouvi: "Vou comprar um Cessna 50cc!" Já tinha pedido o motor e os servos na China. Queria que reservasse um na HobbyDelivery. A impaciência falou mais alto e ele fez uma compra na Big Field, comprou um Sukhoi 25%. Pronto, o aero já estava na mão.
Em menos de 10 dias já estava montado, com um motor Kroma comprado do Bruno. Instalou uns servos chineses Blue Bird, acho que é isso mesmo, e vamos pra pista. Foi uma verdadeira loucura. Mas, o Daniel até que se saiu muito bem. Mesmo quebrando algumas hélices. Esse aero foi até o motivo de nossa aposta comentando em um post anterior.
Meu maior susto com ele foi quando ele, após ver uns 35% do pessoal de Primavera que vieram visitar-nos, me falou: "Comprei um Katana! E já pedi um 111 DLE!". Só me lembro de ter comentado que ele estava louco. Pois é, louco ou não o aero chegou e já esta montado.
O Daniel tem sido incrível, nessa ânsia de voar. E ele tem aberto sua oficina para o que precisar-mos, até fez um mini hangar para podermos "esconder", guardar seria o termo, algum aero.
Agora, você já imaginou como é difícil montar o primeiro aero? Difícil sim, mas não impossível não é? Agora, imagina a dificuldade de se montar um 35%. Pois é, foi o primeiro aero que ele montou e foi logo num 35%. Foram 15 dias de trabalho e muita paciência, mas hoje finalizou tudo, até fizemos um teste na bomba de fumaça. No próximo final de semana a máquina voa. Estou mais ancioso do que ele. Estou muito feliz, pelo sucesso dele e mais ainda pela máquina maravilhosa com a qual vamos ser brindados nos finais de semana que o Katana 35% estiver voando.
Ele tem pulado várias etapas no aprendizado de vôo. Muita gente acha precipitado, começar logo com um coyote. Mas, o que dizer de um aprendiz que em menos de um ano de vôo que já parte para um 25% à gasolina, e 3D? Não vou nem especular sobre o 35%.
Alguns dizem que voar um aero maior é até mais fácil do que um pequeno. Pode até ser, mas a tremedeira é grande em qualquer estréia. Torço para que tudo dê certo e continue

quinta-feira, 24 de junho de 2010

Tamanho ideal para um Giant.

Estou querendo construir um aero Giant. Consegui uma planta de um aero muito bem feito pelo Rodrigo Maia, da Extreme Aero Tech, um Extra 260 31%. A construção foi muito bem feita e a montagem extremamente esmerada. Mas, no final ele montou o aero com um DA-50, que é pouco para o tamanho do aero, apesar de voar. Finalmente, ele recomendou um DA-85, que casaria muito bem com o tamanho e peso do aero. Só que, um DA-85 ou qualquer outro motor 80cc fica muito caro e é difícil de achar. Pensei em colocar um DLE-111 e fui, prontamente, desencorajado pelo Rodrigo a fazer isso por vários motivos. Peso, potência e tamanho do motor. Mas, continuo estudando um tamanho ideal para construir meu próximo aero.
A primeira idéia seria reduzir o tamanho e deixá-lo ideal para um motor 50cc. Como tenho um aero nessa categoria, não muito bom pois já foi reformado, um CAP 232G, estou muito propenso à juntar mais grana e fazer algo um pouco maior. Talvez subir o 31% para um 33%, sei lá. É complicado optar por algo desconhecido. Tenho tempo, por isso vou esperar um pouco e pesquisar mais para poder ver o que fazer sobre o tamanho ideal para um Giant.

Spektrum DX8 - Fiasco no lançamento.

A Spektrum fez uma contagem regressiva para a hora da apresentação do novissimo rádio DX8. Para espanto de todos que estavam acompanhando o relógio zerar e começar o foguetório, não ocorreu nada. Pior, o relógio começou a fazer uma contagem progressiva.
Muitos usuários da marca que estavam aguardando a abertura da demonstração ficaram profundamente decepcionados com o comportamento da fábrica. Os fãs, além da decepção, tiveram que conviver com gracejos em foruns onde outros usuários começaram a dizer que o rádio havia sofrido, já no lançamento, o primeiro recall. É certo que, o rádio, já sofreu o primeiro dano na imagem. A Spektrum parece não se incomodar muito com a imagem de seus produtos.
Alguns vão dizer que gosto da concorrência, Futaba, ou algo parecido. Mas, sou usuário Spektrum e tenho um DX7, que acho o mais honesto de todos os rádios da marca. Ainda bem que é um legítimo JR, pois é totalmente baseado num JR7202 ( se a memória não me trai). E é nesse rádio que confio meus caros aeros.
A Spektrum, que é a lider na faixa spread spektrum, devia tomar mais cuidado com a qualidade de seus produtos e principalmente com a imagem da marca. Ser lider não é garantia de vendas eternas e todos os fabricantes vivem da venda de seus produtos. Se a marca continuar cometendo pequenos deslizes, que se tornaram uma constante, pode ver acontecer com essa liderança o mesmo que tem acontecido com muitos aeros que usam rádios de sua marca, cair.

quarta-feira, 23 de junho de 2010

Escravo da marca e da propaganda.

Na compra de um produto você age com a razão ou é pura empolgação? Você só compra o que, realmente precisa ou compra pela simples vontade de ter? Você é daqueles que adiquire o objeto e bate um arrependimento, pois não precisava e não era a hora, ou sabe da nescessidade e não tinha como protelar a aquisição? Quando vai comprar alguma coisa, a pesquisa do mercado fala mais alto ou o "gostei, vou levar" resolve tudo?

No aeromodelismo já ouví muitos casos de pessoas que compraram porque estavam navegando na loja e veio aquele impulso, pronto comprou. Ou, aqueles que dizem: "estava barato demais!". Principalmente os que navegam em sites chineses, onde tudo parece ser quase de graça.

Alguns entraram em desespero ao ver o tamanho da caixa de um 35% e não tem como transportar "aquilo" para a pista e muito menos onde colocá-lo em casa. Mas, o pior ainda está por vir, que é a montagem "daquilo".

Já ví pessoas que, na conversa com os amigos e, vendo todo mundo comprando um 35% acabou sentando na frente do computador e passou o cartão de crédito, sem ao menos saber se vai gostar ou não do resultado final. Pessoas, que depois se arrependem da bobagem e não querem passar a vergonha de desistir do negócio mal feito e ficar "feio na foto".

Esses são só escravos da vaidade. Pois querem ficar no mesmo nível de seus pares e não podem aparecer na pista com aeros inferiores e equipamentos idem. Normalmente essas fogueiras de vaidades consomem alguns membros de associações de aeromodelistas, que para manterem o status quo, arrasam com o orçamento doméstico e precisam dormir com os aeros, pois não tem onde guardar os trambolhos (para as esposas, é claro).

Mas, temos aeromodelistas piores. Temos os escravos de marcas e marketing. Aquele que compra sem saber usar, sem saber se presta, sem saber se serve, sem saber nada de nada e acha que está correto. Porque? "Oras, porque o fulano usa. E o fulano é o mio du mundo!"
Até entendo pessoas que compram determinado produto pela marca. Isso acontece muito com rádios, onde existem verdadeiras torcidas organizadas para defenderem as cores da bandeira do fabricante.
Mas, juro, não entendo os torcedores. Como não entendo aeromodelistas que compram um aero após assistir a um vídeo de demonstração. Oras, aquele cara que faz tudo no aero mascara os defeitos e as dificuldades. Alguém já vôou um CAP 232G da H9? Eu tenho um e fiquei envergonhado quando ví um vídeo de demonstração do aero. O piloto faz tudo, nem tudo perfeito, mas faz. É claro, que se tivesse visto o vídeo teria comprado achando que era um aero, quase, perfeito. Porém, meu aero foi comprado usado e já acidentado. Por isso posso dizer que: jamais comprarei outro é um aero ruím demais para 3D, pois quase tudo com ele fica quadrado. E, quase com certeza, meu aero é completamente diferente do da demonstração. Como posso afirmar isso? Simples, pede o peso do aero de algum piloto patrocinado pelo fabricante. Se conseguir pesá-lo, vai ver que é muito mais leve do que o seu que veio na caixa. O seu é feito para durar e suportar um piloto não muito bom, você. O dele é completamente aliviado, para que ele possa extrair o máximo e não vai aguentar um pouso mal feito.
Podem, eu deixo, pensar que isso tudo não passa de uma teoria conspiratória contra os fabricantes de aeros. Pilotos, que conviveram com um profissional do aeromodelismo, já disseram que o patrocinado afirmava ser o aero dele muito mais leve que os vendidos para o aeromodelista comum.
Por isso evite ser escravizado pelo marketing de uma determinada marca. E não pense que, um vídeo feito por um profissional valide a qualidade de todo aeromodelo ou rádio. Pesquise um pouco e aguarde comentários de usuários em foruns especializados.

O aeromodelismo, aprecie com moderação.

Quando comecei no hobby meu primeiro problema eram os custos. Minha esposa era veementemente contra. Eu mesmo tinha o aeromodelismo como algo muito caro e fora de minhas possibilidades financeiras. Mas, a curiosidade foi mais forte e comecei a frequentar a pista e ter mais intimidade com os equipamentos e, principalmente, conhecer as pessoas que praticavam o aeromodelismo em minha cidade. No início o choque foi grande, realmente era caro, muito caro. Mas, pensei: poderia comprar um equipamento usado. Não tinha a mínima idéia que poderia importar tudo de fora e muito menos que poderia montar um equipamento mais barato, diferente do que a turma na minha pista usava. Porém, tive um pouco de sorte, achei um motor relativamente barato o JBA 46, comprei um albatroz 46 e peguei um rádio emprestado. Mas, comprar o que faltava para iniciar, já me tirava o sono. Achei a solução vendendo o Play Station 2 ("do meu filho", que na verdade era meu) e todos os jogos para um amigo que fez, em seu nome, a minha primeira compra na hobby delivery. Comprei R$ 550,00 de equipamentos complementares para poder ir na pista sem ficar incomodando os outros. Aquecedor de vela, bomba de combustível, hélice reserva, vela, roda, magueira de combustível e etc. Foi uma comprinha de nada e se foi mais da metade do meu salário. "Meu Deus, onde estou me metendo?!"

Passado o choque inicial de comprar esses equipamentos, o avião e motor, montei tudo e fui para pista estrear, tudo novinho menos o rádio, que era emprestado. Fiquei mais assustado com o desdém dado a meu equipamento, um treinadorzinho. Todo mundo falava que não podia ter dó e que se quebrasse comprava outro. Oras, fácil assim? Levitar R$ 1.000,00 (naquela época) e se caísse e virasse pó, tudo bem? Minha sorte foi que treinei com afinco no simulador e consegui voar, e bem, logo de cara. Sem sofrer uma perda, que seria fatal para minhas pretensões, logo no início.

Com o tempo, muita leitura e pesquisa. Descobri o lado menos elistista do hobby. O lado daqueles que, mesmo ganhando pouco continuam com essa paixão. Nem que seja voando aeromodelos de deprom com eletrônica barata, vinda da China. O lado daqueles que constroem e reformam seus aeros para economizar e poder comprar o combustível. Com muito esforço, aprendi a dar manutenção nos meus aeros, construir e reformar. Com isso, comecei a ganhar algum dinheiro com os aeromodelos, pois comprava reformava e vendia. Ou, reformava e ia usando, pois comprava barato e acabava ficando com os equipamentos. Quando me dei conta, estava com mais de 15 aeromodelos em casa. E um monte de construções semi-prontas.

Mas, hoje ví uma cena que me lembrou do início. Um garoto chegou na pista acompanhado dos pais, que ficaram no carro. Ele foi direto no hangar para ver os aeromodelos. Curioso, foi logo perguntando para o primeiro à sua frente, "quanto custa?" Nem ouvi a resposta, mas fiquei sabendo o conteúdo pois ele saiu correndo para perto do pai, gritando! "Pai, custa só dois mil!" O pai arregalou os olhos, colocou o filho no carro e foi-se embora. Duvido muito que volte a frequentar uma pista e que pense em incentivar o filho a mexer com esse "negócio tão caro!"

Isso já aconteceu várias vezes na nossa pista e continua se repetindo. Se a pessoa chegar e abordar um cara da elite do hobby, jamais vai entrar. Pois os custos assustam.

Tem pessoas no hobby que não se preocupam com a sua popularização e muito menos com a abertura de oportunidades para novos praticantes. Você pode comprar, em lojas no Brasil, um aero com rádio, pronto para voar, por metade desse valor. Com pouco mais de R$ 1.000,00, compra-se um aeromodelo e rádio pronto para voar. Terminar o investimento, vai consumir os outros mil, mas isso pode ser feito mais devagar, pois muita gente na pista ajuda o iniciante emprestando algumas coisas, como ni-starter, dedo de borracha, só que é bom ter logo o seu. Para termos uma caixa de campo mais ou menos completa, acabamos gastando um pouquinho mais. Mas, pode também comprar tudo por valores inferiores ao mencionado e voar aeromodelos elétricos de boa qualidade, isso vai depender de como você começa a conhecer o hobby. Se vai se deparar com um aeromodelista que acha um rádio 10C a coisa mais barata e importante, devido ao custo do seu equipamento. Ou se começa conhecendo alguém que usa um rádio HK6 (Hobby King) e voa aeromodelos de depron com eletrônica barata.

Para nós que estamos no aeromodelismo e temos paixão pela coisa toda. Ficamos cegos aos valores que envolvem a aquisição de um equipamento. E, quiçá, a manutenção, pois no início algumas quedas e ralados são inevitáveis. Muitas vezes com a convivência, passamos a não estranhar o custo de montagem de aeromodelos 25/27%, com motor 50cc. Até porque os produtos chineses baratearam sobremaneira os investimentos nesses aeros. Se antes, com R$ 10.000,00, montavamos um 25%, hoje se monta um 35%, gastando-se até menos que isso. Com a facilidade de importação e a grande oferta de marcas, não tão famosas, os preços caíram a níveis aceitáveis.

Só que, esse nível de investimento é barato para nós, que estamos acostumados o ouvir e ver esses valores, que apesar de absurdos não nos causam estranheza. Certamente a prática desse hobby deve ser feita com parcimonia e moderação, já que muita gente pode comprometer o orçamento familiar se quiser acompanhar o nível de investimento dos TOP, daquelas que gostam e podem gastar sem fazer falta no final do mês.

O slogan, "aprecie com moderação", das propagandas de cervejas poderia ser aplicado a essa paixão. Pois paixão tira a razão e nos obriga a fazer coisas que, sem paixão, jamais fariamos. Quando entramos no hobby, vamos timidamente aumentando os investimentos em equipamentos e quando menos esperamos estamos, realmente, comprometidos. O duro é quando esse investimento, lirealmente, vira lenha após uma queda.

Receptores Genéricos 2.4ghz

Quando usavamos os rádios FM 72mhz, tinhamos a opção de comprarmos receptores mais baratos. Os famosos "padrão Futaba ou JR". Ainda assim, quando precisavamos de um receptor PCM 1024, tinhamos que comprar somente o da marca do TX, o que honerava os custos de equipamentos mais seguros. Com a entrada, no mercado, da nova tecnologia Spread Spektrum na banda 2.4ghz a coisa mudou um pouco. Primeiro vieram os módulos chineses, que podia ser instalados em nossos rádios que aceitassem módulos e assim poderiamos "converter" um FM em 2.4ghz com a simples instalação do equipamento. Até mesmo os grandes fabricantes ofereciam esses módulos, mas eram muito caros. Depois surgiram os rádios chineses, bem mais baratos, e com eles os recptores que custava 4 vezes menos do que custaria um receptor Futaba, JR ou Spektrum. Algumas pessoas me perguntavam se seria possível usar um receptor Corona, Asssan e tantos outros chineses, com o rádio 2.4ghz de uma das três marcas, famosas, citadas anteriormente. A resposta, invariavelmente, era não!

Esse três grandes fabricantes, acharam uma verdadeira mina de ouro com o lançamento de rádios na faixa 2.4ghz, criaram uma arquitetura proprietária similar à PCM e muita gente, afoita, trocou os rádios FM pelos "novos" 2.4ghz, que nada mais eram que os antigos PCM/FM adaptados com os mesmo modulos, mas internamente e mais bonitinho. Muitas vezes, as trocas, foram feitas sem a menor nescessidade, pois o sistema anterior antendia perfeitamente. E sem pensar nos custos dos receptores que teriam que comprar juntamente com a troca do rádio. Alguns aeromodelistas gastaram fortunas e se arrependeram. Muitos sentem saudades de rádios 9 canais, que eram muito bons.

Com esse comportamento os fabricantes ganharam milhões, pois a concorrência nos receptores passou a não existir. Pois, quem comprou Futaba tinha que continuar comprando os receptores da mesma marca. E esse comportamento nocivo ao mercado foi praticado pelos outros fabricantes. Com isso, podiam cobrar preços abusivos por seus receptores e os usuários se viam obrigados a pagar.

Alguns usuários se arriscaram em sistemas de rádio mais baratos. Os famosos Xing Ling, com relativo sucesso, principalmente para voar park flyers. Já que os custos dos receptores das grandes superam em muito os cutos do aeromodelo completo. E os rádios chineses 2.4ghz, ofereciam receptores com valores próximos à U$ 20,00.

O contra-ataque aos rádios baratos veio logo em seguida, com a Spektrum lançando rádios baratos e receptores a um custo um pouco menor. Mas, esses rádios, DX5 e DX6, só serviram para mostrar a fragilidade da Spektrum quanto a seu péssimo controle de qualidade. Além de recall em seus rádios vieram os problemas com alguns receptores, que notadamente são ruins e que revelaram erros de projeto, pois os receptores resetam caso haja uma queda no fornecimento de energia para o RX, ou seja, com voltagem baixa você vai sentir um perda momentânea dos comandos em vôo que pode durar alguns segundos e que pode ser fatal para o equipamento, causando uma queda e destruição do equipamento. Remendos foram lançados, como o capacitor para ser instalado no RX o que é um paleativo. A Spektrum que dominava os 2.4ghz, pois é a que mais vendeu rádios nessa faixa, foi tendo sua imagem cada vez mais desgastada com sucessivos problemas, com RX AR500 e AR6250. E, ainda foi vitima de pirataria de seus receptores AR6100 e AR6100e. Sabe-se lá como um fabricante Chinês conseguiu quebrar o código de comunicação entre o TX e RX, lançando no mercado receptores genêricos. Que custam U$ 15,00 e fazem o mesmo serviço que um original. Só que o original custa U$ 50,00.
Esse movimento, dos genêricos, começou com os Spektrum e, conforme prometido pelo fabricante, vai atingir a Futaba. E isso pode provocar uma ebulição no mercado. Os grandes fabricantes devem contra-atacar e tentar proibir a venda desses produtos em seus maiores mercados, como EUA e Europa. Duvido que consigam fazê-lo, mas podem tentar já que é um direito que lhes assiste.
Eu uso um Spketrum DX7 e fiquei eufórico com o surgimento dos genéricos. Melhor comprar um produto sabidamente similar do que ser enganado e comprar um falsificado. O que foi o caso de muita gente comprando RX´s, 6100 e 6100e, Spektrum que foram falsificados, achando que estavam fazendo um ótimo negócio pagando abaixo de U$ 30,00, quando na verdade estavam sendo enganados. Porque não pagar U$ 15,00 em um RX e voar tranquilamente meus park flyer com meu DX7, que é um bom rádio?
Vou usar os genéricos 2.4ghz, assim como usei os FM Padrão. Por enquanto, somente nos park. Para meus aeros mais caros, vou continuar sendo explorado pela Spektrum e pagando o absurdo que me pedem por um AR7000, continuo escravo da marca. Sobre isso, escravidão, vou falar em uma próxima postagem.

terça-feira, 15 de junho de 2010

Voei meu CAP232G

Depois de muito tempo reformando e arrumando um CAP 232G que sofreu uma queda, que partiu a fuselagem ao meio e estragou bem a asa, conseguí realizar meu primeiro vôo. Até o último minuto da primeira tentativa tinha alguma coisa para colocar no lugar, por último a cabine do piloto (não lembro o nome daquela cobertura) resolveu soltar, acabei retirando e voei sem. Era um parafuso que faltava, outro que estava curto ou tinha espanado. Um que segura a asa baionetada quebrou, improvisei uma porca e assim foi, até colocar o aero em vôo.
Além de ser o primeiro vôo com o CAP232G, era o primeiro com um aero movido à gasolina. Nessas horas a presença de alguém mais experiente ajuda e como ajuda. No meu caso foi o Leonardo que é muito mais experiente. Esse cara foi figura imprescindível na empreitada, primeiro porque me vendeu barato o aero. Segundo, ajudou a arrumar o motor e regular. Terceiro, linkou o que faltava e fez os ajustes finais. Até configurar o rádio, foi com ele.
Na pista me ajudou a dar partida e deu os conselhos finais. Como acelerar, decolar e me manter em vôo nivelado. Vamos ao vôo.
Esse jamais vou esquecer. Tremi, suei e fiquei muito nervoso. Mas, voei e, pasmem, pousei. Tive que arremeter na primeira tentativa e na segunda o pouso não foi o mais bonito. Mas, o aero parou inteiro. Fiquei um bom tempo quieto esperando me acalmar.
O segundo já foi mais calmo e deu para apreciar um vôo gracioso do CAP232G. E o pouso foi mais fácil, pois acertei melhor a trimagem do aeromodelo, o que permitiu uma melhor aproximação. Sem dizer que, mais tranquilo, a dosagem do acelerador para manter a velocidade, no pouso, foi muito bem executada.
O balanço é que, um aero à gasolina intimida mais pelo tamanho e custo, do que pela dificuldade em se voar. É claro, tem um vôo diferente de um glow, pois as reações do motor são completamente diferentes, o jeito de pousar é diferente, mas voar é muito parecido. Foi a primeira experiência e resolvi dar somente dois vôos e voltar para casa, cansado e feliz.
Um agradecimento especial ao Daniel, esse ajudou muito para que esse dia fosse um sucesso. Estou feliz. Obrigado.
Alguém pode estar se perguntando porque não tem nenhuma foto nesse post. Pura supertição, pois não queria fazer um antes e depois do meu aero. Antes de voar, inteiro. E se algo errado acontecesse. Depois de voar, quebrado. Por isso deixei a câmera em casa.

sexta-feira, 11 de junho de 2010

Os rádios e seus problemas.

Inumeras vezes na internet temos notícias de problemas com um ou outro usuário de algum sistema de rádio. Hoje, muito rapidamente, podemos ver relatos sobre problemas advindos de qualquer parte do mundo com aeromodelistas que jamais conheceremos pessoalmente. Com isso, sabemos se uma determinada marca, ou modelo, de rádio anda aprensentando problemas. Com a nova tecnologia 2.4ghz, tivemos uma verdadeira revolução no aeromodelismo. Pois esse sistema, permitiu a fabricação de bons rádios, cada vez mais baratos.
Mas, um fabricante saiu na frente de todo mundo. Enquanto as marcas mais receosas com a tecnologia lançavam módulos, a Spektrum pegou um JR7202 e adaptou um sistema 2.4ghz internamente, e fez-se o Spektrum DX7. Com o DX7 a spektrum, conseguiu um grande sucesso dominando a faixa 2.4ghz, com um JR7202 que é um rádio muito bom e a tecnologia 2.4ghz embarcada.
Então, eis que, com os louros da vitória, os sabidões da Spektrum resolveram matar o mercado. Lançaram rádios 5 e 6 canais, DX5 e DX6 que foram feitos sem a participação da JR pois a Spektrum achava que já sabia fazer rádios, mais baratos que a concorrência poderia imaginar. Colocaram várias opções de receptores e novamente sairiam vitoriosos do mercado. Venderam que nem pão quente às três da tarde na única padaria de uma cidade pequena. Porém, o mercado começou a descobrir, à duras quedas, que nem tudo que reluz é ouro. E que o argumento, de não sofrer interferência e não derrubar nossos aeros, foi, literalmente, por terra. Ou foi à terra, como queiram. Bem, é sabido que as outras marcas também enfrentaram seus problemas, a Futaba passou por ID´s indênticos e os mais críticos reclamam da fragilidade dos potênciometros.
Acontece que a Spektrum começou a sofrer, cada vez mais, com problemas que parecem não ter fim. Primeiro houve um recall em rádios de uma determinada série. Na sequência vários problemas com receptores, o AR500 derrubou muito aero, aliado à fragilidade de projeto do DX5. O DX6 foi substituído pelo DX6i, que é melhor em termos de segurança. E no meio de tudo isso o DX7 ia passando incolume até alguém deixar o rádio ligado e descarregar a bateria. Acharam mais um defeito, BACKUP ERROR. Sem contar que, voar com as baterias originais do rádio sem colocar um capacitor no RX é pedir para cair, pois em baixa voltagem o receptor congela e retorna após longos segundos de inatividade, o que pode jogar seu aero no chão. E isso acontece em toda a linha Spektrum e pelo visto com todos os 2.4ghz. Mas, e os outros? Não sofrem os mesmos problemas? Pelo visto não.
Para complicar a situação da Spektrum, começaram a surgir no mercado receptores clonados. Alguém conseguiu quebrar o protocolo de comunicação do TX com o RX e fez receptores piratas e os lançou no mercado. Existe um boato na internet que um fabricante Chinês, que faz os produtos Spketrum, trocou o processador do RX por um mais barato, sem o devido consentimento da Spektrum, e fez-se o caos. O RX, não consegue processar todas as informações do TX e trava, derrubando o aero. A Spektrum nega. O fabricante Chinês, também nega. E enquanto isso, alguns usuários Spektrum vão perdendo seu aeros, mundo afora.
No apagar das luzes, eis que surgem os similares, padrão Spektrum 2.4ghz, os verdadeiros genéricos da marca e por apenas U$ 15,00. São produtos que assumidamente dizem fazer o mesmo que um original, mas não usam a marca e, por isso, não podem ser considerados piratas. Mas, conseguem bindar com o TX spektrum e podem voar um park flyer tranquilamente. Só vendo pra crer, mas por U$ 15,00, pode valer o risco. Basta usar um aero barato. Esse mesmo fabricante, prometeu lançar um genérico da Futaba. Espero que cumpra a promessa pois os RX Futaba custam, abusivamente, muito caro.
A Horizon Hobby, que é detentora da marca Spektrum, ou seja, a dona, já emitiu um comunicado sobre a falsificação do AR6100 e AR6100e, pelos fabricantes chineses. Leia no site da Diniz Esteves, que é distribuidor Spektrum no Brasil. http://www.dinizesteves.com.br/index.php?arquivo=novidades.php&acao=2&codigo=75

quarta-feira, 9 de junho de 2010

Kit Cessna C180 - Colando as primeiras partes

Já colei algumas partes do kit. O manual ajuda, mas tem coisas que precisam de muita paciência e atenção. Já colei algumas coisas erradas, vai dar para recuperar. Alguns alinhamentos não estão muito precisos e espero que não comprometam o resultado final. Percebe-se que, depois de montado, o kit vai ficar super leve. Os alinhamentos dos cortes são perfeitos, nada como uma planta bem feita cortada à laser.



A montagem não é para iniciante e muito menos para quem não tem intimidade com balsa, pois as espessuras tornam as peças muito frageis e delicadas. Estou usando somente CA, comprei um tubo na HobbyCity que cola em 1 minuto, o que dá tempo para corrigir alguma coisa. Todo cuidado e atenção é importante.

Kit Cessna C180 - Abrindo o pacote






Vamos abrir o pacote do kit do Cessna C180 da Mountain Models. É bem compacto, razoavelmente pequeno para o valor pago. A receita taxou, sem dó e piedade, cobrando os 62% de praxe. Como veio dos Estados Unidos não tem a mesma regalia que um produto chinês, a ordem deve ser "taxar os produtos americanos". Pois, ficam mais caros e as pessoas desistem de importar produtos americanos. Não sei se o raciocínio é lógico ou se está correto, acontece que nunca recebi nada dos EUA sem taxar. Pode ser pura falta de sorte.



Voltemos ao kit. O manual é razoavelmente bom, mostra o que interessa, mas não é algo para iniciante, pois é pouco detalhado. Os cortes, à laser, não são dos melhores às vezes precisa-se de um estilete para separar as peças. Deve-se tomar muito cuidado para não quebrá-las, pois a balsa é finissima e o compensado idem. O C180, vai ficar super leve.

domingo, 6 de junho de 2010

Explicando a queda.

É engraçado pegar alguém dando a explicação de uma lenha. Tem coisas que nem precisam ser explicadas, as imagens e os cacos falam por sí. O aero está todo quebrado e todo mundo viu a manobra e a falha, pronto. Melhor não explicar.

Hoje tivemos duas lenhas. O interessante foi perceber que os pilotos vieram juntos e voltaram juntos, mas a solidariedade foi espantosa. Um tinha caído e quebrado o aero. Nosso glorioso Rafael. Então o parceiro dele revolveu se solidarizar na dor, quebrou também. Apoio plenamente, amigos tem que permanecer solidários até nas lenhas.

Acontece que, só quebra quem voa. E quebra mais quem arrisca. Mas, os que arriscam são os que mais evoluem. Uma pena que na queda o prejuízo seja algo concreto. Às vezes os aeros caem no concreto mesmo.

Quebra hélice da Estrela.

A brinquedos Estrela, vai lançar um bonequinho chamado quebra-hélice. Vai ser baseado em nosso companheiro Leonardo. Que anda numa urucubaca danada no pouso. É pousar mais ou menos e pimba! Lá se vai uma hélice. Está comprando às duzias na Hobby City. Mas, ninguém sobrevive a uma hélice 22x8, de madeira, por pouso. Não tem bolso que aguente tanto desaforo. Por isso, o Leonardo, vendeu a idéia do brinquedinho. Assim pode levantar fundos e manter a quebradeira, de hélice, em dia.

Mas, é melhor quebrar hélice e voltar com o aero inteiro pra casa, do que o contrário.

Sábado. Muito frio e vento.

Tem certos dias que o melhor à fazer seria ficar em casa, sem ir na pista. Bom, se for para ficar sem fazer nada dentro de casa, melhor ficar sem fazer nada na pista. Pelo menos lá a gente conversa e se distrai.

Esse sábado foi mais ou menos assim. O vento forte e de través na pista, ninguém merece. E arriscar o modelo prá que? Melhor ficar sentado contando mentiras um pro outro. E foi mais ou menos assim esse último sábado na nossa pista.

Quem se arriscou no vôo, além do vento forte incomodando na hora do pouso, reclamou que parado na beira da pista o frio era muito maior.

Alguns não estavam muito incomodados com o frio. O Pedro, filho do Rodrigo, que trouxe uma caminha muito confortável dentro da carroceria da Doblô do pai. O Daniel que estava vestido para enfrentar o minuano gelado dos pampas. Eu, que não deixo minha jaqueta em casa em dia frio de jeito nenhum. O resto, estavam todos desprevinidos. Azar, melhor frio...

Traumas pós-queda.

Quando derrubo um aero, fico meio deprimido. Mas, dependendo da bobagem, fico com raíva de mim mesmo por ter feito alguma besteira e destruído um aero. Normalmente, fico sem voar o restante do dia, e ou, o final de semana. Nunca corro o risco de quebrar dois aeros na sequência, pois prefiro não arriscar, já que sou meio, digamos..., superticioso e acredito nos sinais. Pois um raio pode cair no mesmo lugar várias vezes. Já ví isso acontecendo com meu amigo Sidney, que até ameaçou todo mundo, isso dá uma história, e disse que pararia de voar. Pois, atrás de um belo tombo vem o pessoal da pista, tirando aquele sarrinho saudável. Ah, você acha que a gozação por ter perdido seu aviãozinho é a coisa mais horrivel do mundo? Problema seu, a gente vai continuar rindo e se estava tentando aparecer, vai ser pior ainda. Aguenta!!!
Mas, tem aqueles que, na primeira queda, ou após qualquer queda, param de voar ou ameaçam parar. Nunca fiz isso, apesar de já ter passado uma vontade danada.
Aconteceu isso com nosso amigo Chico. O Chico é algo de raro, ou nem tanto assim vai que isso é um fenômeno comum e se repete em tudo quanto é lugar, nas pistas de aeromodelos hoje em dia. Voa a muito tempo e voa muito bem. Porém, só consegue voar um tipo de aeromodelo. No caso do Chico é o albatroz com motor 61. Ele realmente domina esse aero como ninguém. Parece ser a extenção de seu corpo, pois o aero obedece a todos os seus comandos e acrobacias.
Mas, um dia, eu sei, a casa cai (Zélia Duncan). E a dele caiu. Bem, foi uma queda horrível e sem culpa do piloto é claro. O aero perdeu os comandos. Suspeitamos que um dos fios do BEC se rompeu, cortando a alimentação para o receptor. Foi perda total.
Depois da queda, o Chico, foi oferecendo tudo para vender. Rádio 7 fasst Futaba e motor. Vendeu o rádio e foi falando, "Vou parar!" Trauma da queda e devido ao sentimento de perda, algumas pessoas perdem o senso de orientação e começam a fazer besteiras.

Como somos preocupados com esses casos extremos de pessoas que, após um perda de um aero, ameaçam abandonar o hobby, criamos um centro de reabilitação. E nossos resultados tem sido muito bons. Começamos dando brinquedos educativos e vamos aumentando a responsabilidade do paciente até a cura total. O Chico vem passando por esse tratamento, se resocializando com o pessoal da pista e já está em estado avançado de recuperação, pois já consegue manusear dois helicopteros sem deixar cair. Essa é uma fase muito importante, pois o tratamento visa exclusivamente retirar o medo do aeromodelista de que ele será incapaz de manter um novo aeromodelo sobe seu controle sem correr o risco de perda.

Vejam a carinha de felicidade do Chico na clínica de reabilitação. Parece uma criança que ganhou um doce. Isso é muito importante para trazer de volta a auto-estima e confiança do piloto. Sem isso, teriamos perdido esse valioso companheiro da nossa pista.