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domingo, 31 de outubro de 2010

Aprendendo...

Nós temos um excelente grupo de aeromodelistas em nossa associação e de uns meses prá cá estamos aprendendo, de verdade, à voar aeromodelos Giant. Não conseguimos nem configurar dereito os nossos aeros, pois todos tem uma tendência ou deficiência em vôo, mas vamos superando isso com muita boa vontade. Devagar estamos melhorando, tanto na configuração dos aeros, quanto no vôo.
Certamente o simulador ajuda bastante, mas a sorte de tentar executar uma manobra na primeira vez, conseguir fazê-la sem quebrar o aero e sem maiores sustos é importante.
Tenho treinado muito no simulador, pois não tenho como ir na pista no meio de semana e alguns dias dos finais de semana a coisa não funciona como esperado. Às vezes o tempo ou compromissos nos impedem de voar. Estou conseguindo evoluir, pois tenho pouco mais de cinco meses voando meu CAP, que pode não ser o melhor aero mas é o que possuo então... vai esse mesmo. Comprei um Edge, e fiz o vôo de estréia ontem. A pior descoberta é ter que reaprender tudo novamente pois cada aero é completamente diferente do outro. Como não vou ficar pulando de galho em galho, estou tentanto eleger meu favorito. No simulador o meu aero é o Yak, mas nunca pude voar um de verdade na pista. Confessei a minha pequena decepção com o Edge, errei no primeiro pouso e quebrei a hélice, para o Rodrigo e pedi para ele me deixar voar o seu Yak, como ele gosta muito do Edge, talvez possamos realizar uma troca. Mas, preciso voar o Yak e ver se não é muito diferente do que estou "acostumado" no simulador. Espero que seja próximo, pois o CAP é muito parecido.
O mais interessante do treino no simulador para o vôo real é a diferença da física e a imperfeição de nossos aeros. No simulador tudo funciona, o aero está soberbamente acertado e trimado. O motor no simulador sobra, na pista sempre falta. No simulador não tem vento, na pista além de ventar tem as rajadas. E, a pior parte, no simulador além de um erro ser custo zero, pois basta reiniciar o vôo, estou sozinho dentro de minha casa no maior silêncio e conforto, na pista tem a torcida que invariavelmente torce para o vento. Brincadeira.
Como disse antes o bom é, tentar a manobra, executá-la e não sofrer uma perda material na tentativa. Como nunca tinha voando aero à gasolina e muito menos feito alguma manobras mais arriscadas, sempre preferí fazer somente aquilo que sei, ou aquela manobra em que meu cérebro e dedos estejam bem coordenados. Primeiro, foi o torque. Nunca consegui girar o aero, mas ando tentando, mas pará-lo já é um vitória e fazê-lo bem próximo ao solo e melhor ainda. Tentei e consegui. Depois comecei a tentar o Harrier, o elevator é uma consequência pois facilita a entrada na primeira manobra. Ainda não tenho o completo domínio do aero, pois a adrenalina (medo e nervosísmo) atrapalha um pouco a coordenação motora. Mas, a cada execução vou conseguindo fechar mais o circulo e trazê-lo o mais próximo possível. Já notei que, no início, quando o aero parece não obedecer ao comando a gente tende a sentir um pequeno pavor e isso prejudica totalmente a manobra, por isso tenho feito tudo com muita segurança e evito ao máximo fazer, aliás não faço, quando alguém está na beira da pista ou voando. Se alguém tiver que sair prejudicado ou machucado com uma falha minha, espero que seja somente eu. Acidentes acontecem, por isso zelo muito pela segurança na hora de fazer alguma gracinha.
É difícil para o ego, não conseguir executar na pista tudo o que se consegue fazer no simulador, ouço algumas gracinhas sobre a dificuldade de se fazer na vida real aquilo que se simula. Porém, somente o uso do simulador me possibilitou fazer o mínimo que já consigo. E passar para a vida real o que faço no simulador é questão de tempo e treino. Porque, de treino e tempo? Explico, no simulador treino todos os dias 45 minutos. Não vôo 45 minutos todos os dias. Logo, na vida real vou precisar de mais tempo para conseguir fazer tudo o que faço no simulador. Acontece que, quanto mais treino no simulador, melhor fico. Ficando cada vez melhor, estou cada vez mais seguro para executar uma manobra arriscada na pista e assim vou fazendo mais e mais, cada vez melhor e com mais facilidade, uma linda bola de neve. Espero que essa teoria esteja correta, a prática tem demonstrado isso, pois não sou o melhor piloto da pista, porém tenho sido o mais arrojado e o que consegue colocar o aero mais próximo ao solo. O bom de tudo isso é que, meus amigos vendo isso sentem que é possível, pois todos sabem que nunca tinha tentado e que, não sou um grande piloto. Por isso é que sempre dou a maior força para que eles, com segurança, arrisquem um pouco mais. O Ernesto tem ido pelo caminho certo, espero que logo, logo, o Bruno e o Rodrigo também. O Rodrigo era em quem mais apostava minhas fixas, pois tem recursos e equipamento de ponta, mas ele tem pouco tempo para voar e menos ainda para treinar no simulador, sem dizer que não consegue controlar o medo de quebrar o aero, medo que só é possível quebrar com muito treino e segurança na manobra, que o simulador propicia. O Ernesto, pelo fato de já ter pilotado helicoptero e ter um vôo muito bonito em manobras clássicas, já provou que com um aero mais estável, o Extra dele não tem ajudado muito, vai conseguir fazer até melhor do que ando fazendo. Já o Bruno era o que mais arriscava nas manobras, porém a segurança era mínima, e esse risco cobrou seu preço, quebrou dois aeros em menos de dois meses. Um prejuízo que inibe o aprendizado, pois o tempo que se fica parado é difícil de recuperar, sem dizer que o custo é elevado monetariamente. Ele já conseguia fazer até mais do que faço e sempre fazia alguma coisa nova, isso me incentivava, pois ia tentando fazer também. Pena que agora ele vai ficar um tempo sem voar. Mas, vai continuar treinando no simulador, finalmente.
Havia me esquecido do Paulinho, esse me prometeu que vai chegar arrepiando com o novo aero dele, espero. Anda treinando com afinco no simulador, com certeza vai apresentar bons resultados, mas temos que aguardar a estréia.
Ontem fiz mais um Harrier na pista e o Rodrigo filmou. Não está bonito, mas está bem melhor que o primeiro. No final do vídeo tem o Daniel e seu Katana 100cc na reestreia, falo disso depois.

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