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quinta-feira, 22 de dezembro de 2011

CNC - Projetando...

Um amigo esteve me fazendo um visita. Ficamos até tarde conversando, sobre aeromodelos, rádios, eletrônica, motores, planador e sobre o meu projeto da CNC. Discutimos muitas formas e jeitos de levar a coisa adiante. Comentei sobre as diversas formas de montar a máquina, sempre relacionando isso aos custos da mesma. Falei sobre expectativas de trabalhos a serem efetuados com o equipamento e a minha angustia por, talvez, querer fazer coisa demais com equipamento de menos ou, o que pode ser pior, pensar em equipamento demais para serviço de menos.
Quem me conhece sabe, mesmo depois de ouvir minhas negativas, que a principal vontade é construir aeromodelos, dos mais variados tipos e tamanhos. Sou apaixonado. Mas, mesmo sendo apaixonado, sei que para justificar um alto investimento, pelo menos para mim, isso não basta. É preciso ter um retorno realista, ou então fazer a coisa como um hobby e assumir essa faceta. Porém, somente como hobby a ideia não me apraz, pois quero fazer da CNC um objeto de maior importância no meu dia-a-dia. 
A sempre o medo do fracasso, pois mesmo planejando o investimento e fazendo um bom projeto, contratempos sempre aparecerão. No papel e nas conversas pessoais, a coisa é muito bonita, mas quando partimos para a execução e jogamos nossa ideia no mercado, tudo muda de figura. 
E ainda tem a fase do aprendizado. Por mais que tenha lido, me informado e buscado soluções, com aquisição de desenhos, softwares de edição e um vasto material informativo, o tema é muito vasto. Existem muitas possibilidades quando se pensa em CNC.
O meu amigo sugeriu a simplicidade e o baixo custo, pelo menos no início. Pois, ele é sabedor disso, a fase do aprendizado vai demandar muitas horas de testes e estudos. Cada material tem um tipo de corte, um tipo de fresa e um tipo de configuração do equipamento. E para cada equipamento, a configuração tem variações, pois nenhum é igual ao outro, principalmente quando é feito em casa. Fusos trapezoidais, castanha de bronze ou poliacetal, eixo linear e buchas de bronze. Para pequenos trabalhos até seria um coisa viável. 
Mas, a minha ideia inicial seria ir um pouco além. Fazer a cnc prestar serviço para outras pessoas é uma delas. O corte não precisa ser necessariamente de produtos meus, posso fazê-lo para terceiros. Para isso vou precisar de uma máquina que suporte um trabalho diário de 8 horas, com folga. E nesse ritmo os materiais acima, podem não se encaixar. Apesar dos custos serem dispares, pois uma é muito barata e o outro pode ser muito caro, podemos ficar num meio termo. 
Acontece que nos meus orçamentos, que não foram feitos baseados em materiais de baixo custo, os valores ficam entre R$ 7.900,00 e R$ 9.900,00. Podem aparecer surpresas? Sim podem, tanto para o bem quanto para o mal. Mas, nesses valores a eletrônica prevê motores de no mínimo 32kg, drives com micropasso e boa amperagem, fontes compativeis, parte estrutural em alumínio e eixos robustos, tanto linear quanto fusos.  Sem contar que o Spindle de 2cv, ou mais, é refrigerado à água. 
Acho que já mencionei antes, as dimensões são de 1200x900x400 mm. Isso dá uma excelente área útil, talvez essa seja a área útil, só encolhendo o Z, de 400 para 250mm. O problema disso é que, para determinados serviços pode ser pouco, porém não posso querer abraçar tudo e ficar adiando a coisa por ficar sempre pensando em uma CNC maior e melhor.
Estou aguardando o final de ano, para ter uma decisão de meus chefes sobre meu retorno à empresa onde trabalho. Nunca torci tanto para receber uma notícia que para muitos seria a mais negativa, a minha dispensa. Assim crio coragem e monto logo essa máquina. Porém, já tenho a possibilidade de entrar em outra firma, que me convidou semana passada, e se isso acontecer o valor do aprendizado que vou ter nesse novo emprego supera a vontade do negócio próprio. Pois, conhecimento a gente não perde e nesse caso o conhecimento que vou adquirir me garante emprego por muito tempo.
Bom, na verdade vou curtir esse final de ano, tomar minha cervejinha gelada (quem não bebe que me perdoe, fiquei 7 anos sem beber e agora a loura nem faz falta, mas beber uma de vez em quando é o máximo), comer um chester e agradecer bastante por tudo de bom que me aconteceu nesse ano. Até a doença, tive crise renal, teve seu lado positivo, pois percebi que não sou indestrutível e tenho minhas fraquezas.
A todos um ótimo Natal e, se não escrever mais nada por aqui, um Feliz ano novo. A gente merece.

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